quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Gestor escolar: pedagogo ou administrador?


Construir uma escola democrática, permitindo a participação de todos os funcionários na melhoria da qualidade de ensino, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB e o Plano Nacional de Educação – PNE, é função do gestor escolar. É ele quem vai gerir os profissionais de educação para que a escola funcione e cumpra seu maior objetivo: a aprendizagem. Mas, será que para gerir uma instituição de ensino é preciso ter conhecimentos que vão além da Pedagogia?

De acordo com o administrador e consultor empresarial Werner Kugelmeier, a formação ideal para um gestor escolar é a Administração. Para ele, a escola se equipara a uma empresa e ter conhecimentos administrativos faz toda a diferença. “É por meio dessa formação que o profissional saberá como montar um modelo de gestão composto por elementos básicos: objetivos, estratégias, prioridades, recursos, pessoas, organização e, por último, monitoramento”, explicou.

A estrutura de uma escola, segundo Kugelmeier, também poderia ser comparada a de uma empresa. “O administrador entraria como diretor, assumindo a posição maior. Ele ficaria responsável por gerir uma equipe de pedagogos, que assumiriam como coordenadores pedagógicos. Ou seja, o trabalho de gerenciar seria dado a profissionais preparados para tanto”, disse.
Ao contrário de Kugelmeier, a pedagoga e diretora de serviços educacionais do Ético Sistema de Ensino da Editora Saraiva, Francisca Paris, acredita que a parte administrativa é importante, mas não é tudo. “A escola é uma organização que deve ter como fim o processo de aprendizagem. Caso essa meta não seja alcançada, de nada valem procedimentos administrativos”, afirmou.

A pedagoga explicou que um diretor deve ter conhecimentos básicos de administração para poder agregar à gestão escolar qualidades empresariais. “O diretor deve saber sobre gestão de pessoas, gestão da aprendizagem, gestão de procedimentos de formação de educadores, processos administrativos, legislação educacional, entre outros”, disse.
Já o professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – FEUSP, Vitor Paro, é contra qualquer intervenção de outro profissional na gestão escolar, que não seja a do pedagogo. “O mais importante para dirigir uma escola é que a pessoa entenda de Educação. A parte administrativa qualquer um consegue fazer”, afirmou.

Segundo Paro, o diretor não tem grandes funções gerenciais. “Se a escola não funciona bem não é porque o diretor não sabe administrar, é porque não lhe dão condições de funcionamento”, disse. O professor acredita que gerir uma escola é completamente diferente de gerir uma empresa.

“Um mecânico, por exemplo, tem a matéria-prima e consegue moldá-la da maneira que quiser, porque ela não tem vontade própria. No caso do professor, o aluno só aprende se quiser. O educador tem que levar o aluno a querer aprender e esse trabalho não é simples. O trabalho do educador é um trabalho singular, completamente diferente de qualquer outro, por isso deve ser gerido de maneira própria”, explicou Paro.

A solução, proposta pelo professor, é a criação de uma direção colegiada. “Não existiria mais a figura única do diretor, que passaria a dividir sua função com três ou quatro coordenadores, dependendo da necessidade de cada escola. Esses profissionais seriam professores da própria escola”. Os coordenadores, segundo Paro, dividiriam funções como relacionamento com a comunidade e os professores e parte administrativa. “Eles seriam escolhidos por uma eleição e teriam um mandato de três ou quatro anos. Depois, voltariam a dar aulas”, disse.

Especialização
O profissional que deseja se especializar em gestão escolar tem a opção de fazer cursos de especialização a distância ou presenciais. O Blog Educação selecionou alguns. Confira!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR


INTRODUÇÃO

       A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será assim se comprova uma correlação entre atitudes preconceituosas e as manifestações dentro do ambiente escolar, segundo pesquisa realizada pelo jornal Estadão de São Paulo. Portanto, diante deste cenário as temáticas preconceito e discriminação racial têm sido o foco de muitas atividades educativas, devido os grandes números de situações escolares onde elas estão presente, expressa de formas abertas as mais sutis nas atitudes dos educandos.
        Visando mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias levados para a escola, o Plano de Ação elaborado tem como finalidade discutir valores de reconhecimento e respeito mútuo, e se fundamenta na legislação nos artigos 5° e 7° da Constituição Federal e da Declaração Universal dos direitos Humanos, que declara a igualdade de todos independente de sua cor, classe social, religião, etc. E que está consonância com a lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana na rede de ensino.  Assim, ante a estes mecanismos legislativos, fica imprescindível o trabalho de conscientização em sala, onde bullying e as brincadeiras e apelidos de mau gosto oriundos de aspectos físicos, intelectuais, etc. têm tomado conta do ambiente.
       Segundo, Torres Santhomé (1995), é necessário que o ambiente escolar seja um lugar de análise de como e por que surgem as discriminações e o que representam as diferenças, para que as crianças aprendam a lidar com as diferenças de maneira respeitosa, pois a escola é espaço onde se dar à convivência de origens, costumes e dogmas religiosos, bem como de nível socioeconômico diferentes. O lugar este onde se aprende as regras de convivência publica em convívio democrático com a diferença, apresentados em conhecimentos sistematizados sobre o país e o mundo.
  

       O Plano de Ação sugere atividades para promover ações afirmativas de combate ao preconceito e a discriminação em sala de aula, dentro do universo da Educação Infantil.  O objetivo do Plano consiste em estimular o respeito à diversidade na formação de cidadãos preocupados com a coletividade.

ATIVIDADES REALIZADAS
1.   Que corpo você gostaria de ter: Solicitação aos alunos que procurem em jornais e revistas imagens de pessoas que caracterizassem o corpo que eles gostariam de ter e que recortem e colem em folha ofício.
2.    Mural das diferenças corporais: Após a pesquisa, os exemplares serão colados em ofícios e serão utilizados para organização de um mural.
3.  A leitura de imagens: Em seguida será realizada uma leitura de imagem que dará início ao debate sobre preconceito e discriminação com o corpo abordando as seguintes questões: Por que a escolha daquele corpo? Por que eles entendem que aquele corpo escolhido é bonito? Qual a cor da maioria dos corpos escolhidos?
4. A contação de histórias: dos livros Minha família é colorida ou Menina bonita do laço de fita.
5. A roda de conversa: Terá a temática à diversidade com debate dos eventuais conflitos gerados pelo preconceito fora e dentro da unidade escolar e sala de aula. Alegando que as diferenças existem sim, mas que ninguém é melhor ou pior do que ninguém por causa delas.
6Toque e retoque: Momento onde pais e crianças serão convidados a vivenciarem um momento de experimentação-toque de carinho por meio de dinâmica- Ao som do toque: Onde será colocada musicas afros de todos os ritmos e os pais e crianças demonstrarão afeto uns aos outros, seguindo o ritmo tocado, lentos, rápidos, etc.
7.    Oficina Criação e Arte: Para fechar este momento de conscientização será realizada uma oficina com confecção de bonecos negros, brancos, amarelos, etc., utilizando-se de diversos materiais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
       Pode-se dizer que os preconceitos estão presentes em nossa cultura, estabelecendo uma atitude de diferenciação de um indivíduo para outro enraizado na sociedade, por isso torna-se difícil uma mudança "rápida" de atitudes. A vista disso, a escola tem um papel a desempenhar neste processo de combate ao preconceito e a discriminação, pautando valores nas relações sociais através de momentos que trabalhem os conceitos relacionados à diversidade em constante trabalho de conscientização.
       Por isso, as atividades sugeridas no Plano de Ação tornaram-se um veículo de contato com um universo extenso enriquecedor de identidade pessoal, dentro da discutição de problemas e possíveis soluções aos conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem dentro e fora da escola, implicando esta conscientização em uma escolha entre uma trajetória a seguir de valorização do diferente e outras a serem deixadas para trás.


REFERÊNCIAS
Aquino, Julio Groppa. Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summos, 1998. Acesso em 05. Out. 2012

Como trabalhar as relações raciais na pré-escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao preconceito-422890.shtml?page=3  Acesso em 18. Set.2012.

Dutra, Valesca da Silva. Selau, Bento.  Refletindo sobre a discriminação e  preconceito com o corpo no espaço escolar. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd152/a-discriminacao-com-o-corpo-no-espaco-escolar.htm Acesso em 05. Out. 2012.

Simone Iwasso e Fábio Mazzitelli. Escola é dominada por preconceitos, revela pesquisa. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,escola-e-dominada-por preconceitos-revela-pesquisa,389064,0.htm Acesso em 05. Out. 2012.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DIA DO PROFESSOR

Em comemoração ao nosso dia, resolvi postar algumas fotos de meus alunos em nossas atividades em sala. (Educação Infantil, muitas dessas fotos foram tiradas no cel.)


















terça-feira, 9 de outubro de 2012

Qual o segredo de um professor de qualidade?



As principais pesquisas em Educação do mundo mostram que um bom professor é capaz fazer qualquer aluno aprender e ainda é capaz de potencializar seus estudantes. O professor é o principal responsável pelo sucesso da aprendizagem e sua atuação em sala é determinante para o desempenho dos alunos. "A qualidade de um sistema educacional não será maior que a qualidade de seus professores", consta no levantamento "Os Sistemas Escolares de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo", realizado pela consultoria McKinsey.

"Não existe educação de qualidade sem o bom professor. O professor é o profissional mais estratégico para uma boa aprendizagem, é a peça chave e por isso precisa estar apto para transmitir o conteúdo de forma adequada", diz a secretária de Educação Básica do ME,
 Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva.

Aptidão para ensinar a matéria não depende apenas do domínio do conteúdo. O saber é importante, mas há inúmeros pontos que fazem do professor, um profissional de qualidade. Para identificá-los e cobrar do diretor uma melhor seleção e estímulo e para que o professor do seu filho esteja em condições de lecionar adequadamente é preciso estabelecer alguns critérios e ficar atento.
Para ler, clique nos itens abaixo:

 O bom professor tem uma formação de qualidade
O que é uma formação de qualidade? Não é apenas dominar o conteúdo que será ensinado, mas saber a melhor maneira de passar esse conteúdo. Foi-se o tempo em que escrever a matéria na lousa e pedir para os alunos copiarem significava algo. Hoje, sabe-se que o bom professor precisa dominar as técnicas de ensino, a didática. Saberes relacionados a tecnologias no ensino também são interessantes. É importante que a formação dos professores não tenha se limitado a dados e disciplinas teóricas. Antes de mais nada, ele deve ter aprendido na faculdade tanto os conteúdos quanto a maneira de ensinar, ou seja, a formação pedagógica (os conteúdos da docência). Isso é, aliás, reiterado pela pesquisa "Professores do Brasil: impasses e desafios", promovida pela UNESCO em 2008.

Outro ponto importante é o início da carreira. Um bom professor deve ter tido contato com outro bom professor. Deve ter feito um estágio e ter sido monitorado durante um período. Depois, ao começar a lecionar, deve ter sido orientado permanentemente. "É essencial uma boa formação inicial, uma carreira com prática orientada, supervisionada por gestores e professores mais experientes", diz Maria do Pilar Lacerda. "O período probatório deve servir não apenas para avaliá-lo, mas principalmente ser encarado como um momento de adaptação e conhecimento da prática, que sem dúvida é o espaço mais formador".
 

O problema é que nem todo professor tem formação universitária. A pesquisa da Unesco mostra que, na educação infantil, menos da metade dos que exercem as funções docentes (45,7%) cursaram o nível superior. Já entre a 5ª e a 8ª serie, o percentual sobe para 85,5%. No ensino médio, a realidade melhora: 95,4% dos docentes completaram o nível superior.

O bom professor não pára de estudar
A ininterrupta formação do professor é um dos fatores essenciais para se ter um professor de qualidade. "É importante ter interesse em novas metodologias, estar sempre atualizado e buscar a própria superação. Isso contribui muito para a formação de bons profissionais", diz Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni (Colegio de Aplicacao da Universidade Federal de Viçosa), melhor escola publica no Enem 2008. 

Constituída por atividades que têm como objetivo a construção e a socialização de conhecimentos, a formação continuada vem fazendo parte cada vez mais das perspectivas dos profissionais de educação, que priorizam tanto a formação como cidadão, quanto como docente. "A oportunidade de desenvolver o conhecimento por meio de uma formação que seja contínua é direito de todo professor e contribui muito para sua superação", completa a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda.

Na prática isso acontece pouco. Segundo dados do último Censo de Profissionais do Magistério da Educação Básica, feito em 2003, apenas 45% dos professores participaram de alguma atividade extracurricular ou curso, presencial semipresencial ou à distância nos dois anos anteriores.
 

Para agravar ainda mais a situação, o consumo cultural por parte dos docentes é extremamente restrito - mesmo sendo importantes mediadores na transmissão de cultura para os alunos. Pesquisa que traça o perfil do professor brasileiro, promovida pela UNESCO, em 2004, revelou que cerca de 40% dos profissionais entrevistados nunca haviam assistido a uma peça de teatro, 25% jamais tinham ido ao cinema e, por fim, 45% não conheciam um museu ou foram somente uma vez.

O bom professor é didático
Todo aluno é capaz de aprender. E todo professor deve ser capaz de ensiná-lo. "De nada adianta um profissional cursar a melhor faculdade, mas não ter didática, paciência e sensibilidade para respeitar o tempo e as diferenças de cada aluno", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar Lacerda. O professor deve se valer de técnicas que viabilizem a aprendizagem das crianças. 

"Os alunos têm tempos diferentes de absorção de conteúdo, cabe ao professor perceber as dificuldades e a individualidade dos estudantes e assim desenvolver métodos de acessar cada um", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni. Isso, junto ao respeito e a atenção direcionada que o professor pode tranqüilizar os alunos que têm mais dificuldade de aprendizado e fazer com que o desempenho deles melhore a longo prazo.
 

Produzir materiais individuais, incentivar que os alunos se ajudem entre si e oferecer exercícios de reforço são alguns dos recursos que o professor pode utilizar para que nenhum aluno fique para trás e assim igualar o nível da turma.

O bom professor motiva e inspira seus alunos
"A maior bandeira que um professor de qualidade levanta é a relação que tem com seus alunos", diz a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda. Uma relação positiva entre o docente e o estudante faz toda a diferença no aprendizado. Sentir-se confortável e seguro diante do professor é estimulante para qualquer um. 

Receptividade, paciência, sensibilidade, atenção e respeito são essenciais. "A forma de conduzir os alunos, acompanhá-los, de respeitar as diferenças, ter um bom relacionamento com pais e interesse pelos estudantes favorecem a aprendizagem, assim como a empatia e a disponibilidade, desde que isso não comprometa a autoridade do professor, o que também é importante", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.

O bom professor entra na realidade do aluno
Para que o aluno se identifique com o professor, é preciso que este conheça sua realidade. "Reconhecer o que é infância, adolescência, respeitar as fases de amadurecimento, identificar diferenças e conhecer o processo cultural nos quais os jovens se envolvem são itens importantes, já que a relação entre professor e aluno inevitavelmente compreende um choque de gerações, valores e culturas", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

Conhecer e imergir na realidade dos alunos é uma característica importantíssima que o professor de qualidade deve apresentar, já que isso representa não apenas uma aproximação entre as duas partes, como um acesso mais fácil e uma adaptação de postura, quando necessário.

O bom professor estimula a curiosidade
A curiosidade impulsiona o conhecimento, já que instigados por um determinado assunto, os alunos passam a se interessar mais, buscar novas informações e tirar dúvidas, o que promove o debate e beneficia a aprendizagem. Os alunos devem se sentir bem e à vontade na escola para expressar a curiosidade. A maneira com a qual o professor lida com dificuldade dos alunos é de fato determinante para a aprendizagem, uma vez que inibidos para tirar as dúvidas, as questões não solucionadas se acumulam e consequentemente atrasam e comprometem o desempenho.

"Bons professores brotam de alunos que indagam, que questionam, o que sem dúvida são ótimos caminhos para a aprendizagem. O professor que não responde e se incomoda com estudantes que perguntam demais não passa de um burocrata, ele dá a matéria e pronto, o que de maneira alguma é o ideal", opina Maria do Pilar Lacerda.

O bom professor está disponível
Limitar-se à grade curricular é o pior erro que um professor pode cometer. Além de não motivar os alunos e restringir a relação exclusivamente ao âmbito profissional, sem afetividade, o próprio professor sai perdendo, já que os alunos, apesar de estarem na posição de aprendizes, muitas vezes também têm muito a oferecer.

"Criar uma parceria com o aluno, na qual os dois aprendam, estejam abertos a críticas e dispostos a crescer e melhorar é outro fator totalmente determinante no aprendizado dos estudantes. O professor não pode ter uma sensação de auto-suficiência, ao contrario, o conhecimento dele deve ser construído em parceria com o aluno e vice-e-versa, assim, está em constante formação", explica Cataria Greco.

O bom professor é valorizado
Assim como os alunos, os professores também precisam ser estimulados. Melhores salários, cargas horárias justas e até mesmo bonificações periódicas são alguns recursos que os gestores das escolas podem utilizar para gratificar os docentes e fazer com que eles se sintam valorizados, o que sem dúvida reflete em seu desempenho em sala de aula.

Conhecer as ações que a escola do seu filho promove para que seus profissionais se sintam motivados é outra maneira de acompanhar de perto a realidade dos professores. Docentes que trabalham em condições corretas consequentemente conseguem transmitir o conteúdo de forma produtiva aos alunos.

 Como identificar o bom professor
Todos os itens a cima formam um conjunto de atributos que bons professores apresentam. Ser crítico quanto a isso é a melhor forma de verificar a qualidade da escola do seu filho e se os professores têm condições de contribuir para boa aprendizagem de seus alunos. "Isso só acontece de forma adequada quando há uma troca positiva entre o aluno e o professor, o que só é possível com bons profissionais, que posteriormente podem estimular os alunos e assim sucessivamente", explica a orientadora educacional Cataria Greco. 

Além da formação, o determinante é a atitude diante dos alunos. "A principal característica que um professor de qualidade apresenta é a maneira de conduzir a curiosidade e as dúvidas de cada aluno", diz Maria do Pilar. Catarina completa, "um bom professor potencializa um bom aluno e vice-e-versa", Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.

Como lidar com a birra?



Você não quer comprar doce no supermercado? Seu filho abre o berreiro. O amigo não quer emprestar o brinquedo? Ele chora e tenta bater no colega. Já está na hora de parar de brincar? Ele se joga no chão e esperneia. A birra e as explosões de raiva como essas são comuns entre as crianças pequenas, especialmente entre 1 e 3 anos, podendo se estender até os 6 em alguns casos. "As crianças dessa idade, quando se vêem diante de situações de frustração se expressam dessa forma porque ainda não sabem como controlar seus sentimentos e como expressar que não gostam de algo", explica Christine Bruder, psicóloga do bercário Primetime Child Development. Mas é papel dos pais ajudá-las a domar essas reações e ensiná-las a aceitar quando alguém lhe diz não. 

Autocontrole é uma lição importantíssima e que vai servir para toda a vida do seu filho. Veja as dicas dos especialistas:


O que é a birra?
É um comportamento que se observa quando a criança se vê em uma situação de frustração. "É uma resposta emocional intensa da criança a algo que a frustrou ou que ela pensa que vai frustrar. A birra pode envolver choro, gritos, se jogar no chão, ficar paralisado, ficar mudo, agredir-se, agredir, morder, unhar, urinar, parar de comer...enfim, um show de horrores para a maior parte dos pais", diz a psicóloga do Hospital São Camilo de São Paulo, Rita Calegari. As reações variam de criança para criança, assim como a intensidade. "A birra e as explosões emocionais como essas podem ser muito ou pouco freqüentes, dependendo de cada indivíduo", complementa Christine Bruder, psicóloga do bercário Primetime Child Development, em São Paulo.

Por que crianças pequenas reagem dessa forma?
As crianças costumam ter essa reação porque não são maduras ainda para lidar com a frustração. "Isso significa que podemos considerar esperado que uma criança pequena reaja assim. E essa é uma ótima ocasião para os pais trabalharem a aceitação do filho à frustração, orientando, explicando, enfim, ajudando para que ele supere essa fase", explica a psicóloga do Hospital São Camilo de São Paulo, Rita Calegari. Mas ela alerta que, infelizmente, reações como essas não são exclusividade das crianças. "Vemos muitos adultos descontrolados no trânsito, nas relações pessoais, no trabalho. Adultos também têm seus ataques de birra".

Como os pais devem reagir quando as crianças têm ataque de birra?
Em primeiro lugar, devem dar o exemplo, ou seja, devem mostrar que estão controlados. "O mais produtivo é que os pais mantenham a calma. E tentem descobrir o que está acontecendo com a criança, qual o motivo da insatisfação", diz Christine Bruder, psicóloga do bercário Primetime Child Development. Mas também é preciso ter em mente que nem sempre será possível estabelecer com a criança uma conversa nessa hora. 

"Deixe-a fazer a birra, não fale muito (ela não vai ouvir mesmo), espere passar, proteja-a para que não se machuque e quando ela estiver mais calma, aí sim, converse", diz a psicóloga do Hospital São Camilo de São Paulo, Rita Calegari. "Como parte da birra envolve chamar atenção, quando a criança ficar birrenta evite que todo mundo fique dando atenção (lembre-se que atenção de pai e mãe vale ouro pra criança). Leve-a para um local reservado, monitorando-a. Não a deixe sozinha sem supervisão de um adulto", acrescenta a psicóloga.


Há como prever um ataque de birra?
Sim. "Lembre-se de que é como ferver leite: depois de um certo ponto da fervura, mesmo se você desligar o fogo, o leite vai subir e derramar. O ideal é ficar atento antes do leite ferver, ou seja, estar atento à criança para evitar o ataque", diz Rita Calegari do Hospital São Camilo de São Paulo.

Colocar de castigo funciona nesses casos?
Castigar a birra é muito complicado, segundo alerta a psicóloga do Hospital São Camilo de São Paulo, Rita Calegari. "Não é garantia de que outra crise não ocorrerá. O que funciona é os pais manterem uma postura enérgica: após a birra, converse com a criança dando-lhe apoio para entender seu comportamento e formas saudáveis de como lidar com a frustração. Explique porque não pode, explique que os adultos também passam por isso e como reagem, dê seu exemplo, peça cooperação da criança", diz Rita.

Os pais devem falar mais alto que a criança quando ela faz birra?
Não, pelo contrário, isso não vai ensinar nada de útil ao seu filho. Dará apenas o exemplo errado. "Será uma criança imatura com um adulto aparentemente descontrolado interagindo", diz a psicóloga do Hospital São Camilo de São Paulo, Rita Calegari.

Se o ataque de birra acontecer em público como reagir?
Com muita calma e autocontrole. E sem ceder ao que foi negado ao filho. "Os pais, normalmente envergonhados, querem fazer a criança parar e acabam cedendo à pressão dos filhos. Relaxe: todo mundo que tem filho já viu isso antes e quem não viu, se for pai um dia verá", aconselha a psicóloga do Hospital São Camilo de São Paulo, Rita Calegari. Importante também é não deixar a criança sozinha e tentar levá-la para um local mais reservado, se for possível, para esperar que ela se acalme, conforme recomenda a psicóloga Christine Bruder.

É importante conversar após um ataque de birra, para discutir o ocorrido?
Sim. Mas não faça um longo sermão. Crianças pequenas não prestam atenção a conversas longas e cheias de argumentos. "Os pais devem falar com calma, usando poucas palavras. Não adianta falar muito, porque o conteúdo da conversa não vai ser compreendido", diz Christine Bruder, psicóloga. O fundamental, segundo ela, é explicar a criança o que ela sentiu durante o descontrole emocional, nomear o sentimento e dizer como ela deve lidar com ele. "Algumas crianças vão querer colo depois da explosão, para se acalmar. Outras não vão querer ser tocadas. É preciso respeitar", diz Christine.

Quando os pais não lidam corretamente com a birra quando a criança é pequena, ela poderá continuar tendo os ataques quando mais velha?
"Sim ! Olhem os jovens, os adolescentes e os adultos que temos por aí!", diz a psicóloga do Hospital São Camilo de São Paulo, Rita Calegari. Ela ressalta que frustrações fazem parte da vida, sempre. "Todos sentimos frustração, em diferentes etapas de nossa vida: o primeiro amor que acaba, o vestibular que não é aprovado, o emprego que não conseguimos, a promoção que não vem, o amigo indisponível, o salário que não chega. Pena que quando crescemos, buscamos formas nem sempre saudáveis de lidar com a frustração, como drogas e álcool", alerta a psicóloga.

Como os pais devem lidar quando sabem que o ataque de birra acontece na escola?
Converse com os professores e coordenador pedagógico para entender as causas e trabalhar em conjunto na busca de soluções. Essa é a recomendação da psicóloga Rita Calegari.

O que os pais podem fazer para evitar que os ataques de birra ocorram?
Crianças pequenas precisam de rotina e previsibilidade. Por isso, segundo Christine Bruder, psicóloga, é interessante preparar a criança para a situação que ela for enfrentar. Se forem ao shopping, por exemplo, estabeleça as regras do passeio, diga se irão ou não comprar algo para ela, quanto tempo ficarão por lá, etc. "Também é preciso respeitar o descanso da criança. Quando ela está cansada ou doente, é mais fácil ocorrer a birra", diz ela. Depois no retorno do passeio, é interessante dar um retorno para a criança de como foi seu comportamento. "Isso ajuda muito, pois ela passa a entender o que os pais esperam dela. A criança pequena deseja agradar os pais e ficará feliz com o orgulho deles. Devemos como pais valorizar o acerto da criança, pois acabamos dando mais atenção ao que ela faz de errado", diz a psicóloga Rita Calegari.

Alguns pais costumam dar tapinhas nos filhos durante ataques de birra. É correto?
Bater é um tipo de repressão, mas não educa. "Pode até ser útil em algum momento, mas não educa. O que educa é o diálogo, o exemplo, a insistência, a coerência. Que os pais não se enganem: a tarefa deles é educar", diz a psicóloga Rita Calegari.

Qual o risco quando os pais cedem e fazem o que a criança pede durante um ataque de birra?
Novos (e possivelmente mais potentes) ataques de birra, conforme alerta a psicóloga Rita Calegari.

4 passos da alfabetização digital



Ser alfabetizado, saber ler, escrever e as quatro operações matemáticas, já se sabe há muito tempo, é requisito para a plena inserção do cidadão na sociedade. Mas, na medida em que a sociedade se organiza cada vez mais em torno da internet, criando a "Sociedade da Informação", outra alfabetização além desta é necessária: a alfabetização digital. Assim como não aprendemos automaticamente a escrever quando ganhamos uma caneta ou um lápis, também não aprendemos a usar todas as potencialidades do computador e da internet sem um treinamento adequado. 

Quais são as habilidades chaves desta nova alfabetização? A aprendizagem de ferramentas de comunicação digital e a existência de redes para acessar, manipular, criar e avaliar informação, segundo a Comissão Européia para a promoção da alfabetização digital. Ou, como define o educador Celso Niskier: "aprender a colaborar, aprender a usar a informação, aprender a resolver problemas e aprender a aprender".


Estar incluído digitalmente
Em primeiro lugar, é preciso estar "incluído". Isso significa ter acesso a um computador e à internet. A construção de telecentros em bairros periféricos, por exemplo, tanto pela iniciativa pública quanto privada é altamente necessária neste contexto. O uso de softwares livres, os programas de computador que podem ser baixados livremente na internet sem a necessidade de pagar por eles, também é outro ponto importante, pois baixa drasticamente o custo de instalação de programas no computador. 

Para medir a inclusão digital num país, não basta quantificar o número de computadores por casa. Este método é bastante usado, mas não é um indicador preciso. Outras medidas importam, como o tempo que o indivíduo tem para acessar a rede, a qualidade do acesso e a constante atualização de hardware, a parte física dos computadores, e de softwares, os programas que usamos. Além disso, o potencial de aproveitamento da inclusão digital dependerá diretamente da capacidade de leitura e interpretação da informação pelo usuário. Assim, combater a exclusão escolar é também combater a exclusão digital. A alfabetização básica é o início da oportunidade de condições para o uso do computador e da internet.



Dominar a tecnologia: conhecimento do hardware e de diversos softwares
Depois de ter acesso, aprender o funcionamento básico do hardware, ou como funciona a parte física do computador, é o primeiro passo para se ter domínio sobre com salvar e transportar informação para outros computadores. Saber que existe uma memória rígida na máquina, onde gravamos o conteúdo que nos interessa, por exemplo, e depois quais são e como usar os dispositivos móveis de memória, como o CD-ROM, o disco removível (pen drive), possibilita uma primeira apropriação do computador. Em paralelo a este conhecimento, é preciso desenvolver o aprendizado dos softwares, os programas que se usa para diversas funções. Para elaborar um currículo é necessário aprender a manipular um "processador de texto". O mais conhecido deles é o "Word", programa da empresa Microsoft. O Word está dentro de um conjunto de aplicativos para computador chamado "Office", que reúne outros programas muito usados no mercado atual de trabalho: o Excel, para desenvolver planilhas de cálculos e organizar diversos dados e o Power Point, muito usado para a apresentação de resultados ou projetos em empresas e cursos. Depois, para mandar o currículo elaborado, é preciso saber usar um navegador na internet, usado para a visualização das páginas, como o Firefox e o Internet Explorer. 

Outra alternativa é usar o pacote "Open Office", conjunto de softwares gratuitos, possíveis de serem acessados através da internet. Este treinamento básico geralmente é oferecido em cursos para iniciantes, tanto em escolas pagas, como em iniciativas gratuitas nos Telecentros, por exemplo.



Adquirir conhecimentos e habilidades para buscar, selecionar, analisar, compreender e recriar informações acessíveis digitalmente
Se você retira um livro na biblioteca, identifica rapidamente quem é o autor, quais os outros livros ele escreveu, lê a orelha da capa e já sabe o que esperar do conteúdo. Na internet, em um ambiente com milhares de páginas de conteúdo que aparecem de forma fragmentada, contextualizar a informação que se acessa através de buscadores como o Google não é tarefa das mais fáceis. Por isso, conhecer as principais formas de busca de informação na internet, ter critérios para selecionar e reconhecer qual é o volume de informações necessário para resolver determinado problema, analisá-las e compreendê-las de forma crítica, assim como não acreditar piamente em tudo que está escrito antes de interpretar o contexto é fundamental para aproveitar com qualidade o grande banco de dados que é a rede. 

Usar de forma eficaz a informação encontrada em função de um objetivo previamente determinado é um parâmetro para identificar um bom desenvolvimento nestas competências. Às vezes, achamos um site e acreditamos que ele é a única fonte daquelas informações. Mas é preciso tomar cuidado, pois muitas vezes o que está ali pode ter sido copiado de qualquer outro lugar, até de um livro, e não apresentar a referência correta. Saber identificar isso é fundamental para o uso da internet como fonte de pesquisas escolares, e é necessário "alfabetizar" os jovens neste uso. 

Na sala de aula, uma forma de incentivar o desenvolvimento destas habilidades é fazer com que o aluno construa um pequeno banco de dados de informações sobre um determinado tema, selecionando o que é importante e o que não.



Usar a tecnologia no cotidiano, não só como entretenimento e consumo, mas também como meios de expressão e comunicação com a comunidade
Aprender a partilhar informação em redes sociais, fóruns de discussão, e-mails, blogs e sites é outra função importante da alfabetização digital. Em uma pesquisa sobre exclusão digital feita pelos pesquisadores Bernardo Sorj e Luís Eduardo Guedes, as pessoas que acessavam a internet pela primeira vezes nas favelas do Rio de Janeiro tinham dificuldade em mandar e-mail, pois suas redes de relações sociais não estavam incluídos digitalmente. Então como partilhar informações com a comunidade se ela não está online? 

Cada rede social e ferramenta de publicação na internet é direcionada para um determinado tipo de experiência, apesar das pessoas poderem fazer o uso que quiserem destas ferramentas. Um blog pode ser um diário online, um caderno de receitas aberto, ter textos de ficção ou jornalísticos, e pode ser também usado para fins educativos. O Orkut pode ser usado para conhecer pessoas e conhecê-las no mundo real, ou não. A amizade pode ser virtual e trazer novas informações para os envolvidos. Já um site serve como um arquivo de textos, informações, fotos, enfim, tudo o que o autor quiser disponibilizar para seu público leitor. 

A mais nova ferramenta que mistura mensagem instântanea, como uma mensagem de texto no celular, blog e rede social é o Twitter. É só acessar e criar um cadastro gratuito. Depois disso, é possível importar contatos que estão nos e-mails pessoais e começar a "seguir" seus amigos, que serão a sua rede social. Você poderá ver todo o conteúdo digitado pelas pessoas seguidas, e vice-versa: quem segue você pode ver o que você escreve. 

Links: 

Para entrar em redes Sociais 

Para fazer Blogs 

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ESTREITANDO OS LAÇOS ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

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