PROJETO DE ENSINO: VARIAÇÃO
LINGUISTICA
Bloco de Conteúdo: Língua Portuguesa, Artes e Geografia
Conteúdo: Variações linguísticas
Regiões do Brasil
Composição tridimensional
Introdução: A variações
linguísticas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação
histórica) e no espaço (variação regional). Assim, além do português padrão, há
outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser
evidenciados no linguajar dos alunos nas salas de aulas, ficando deste
modo claro o fenômeno de mescla
linguistica, qual o Brasil é objeto. Portanto este projeto de variação linguistica visa levar os
alunoa aperceberem o uso da língua materna e as modalidades na sua forma oral e
escrita. Apressentando um ensino dinâmico da variação diatópicas, onde o foco
seja a cmpreensão da interferência da fala na escrita.
Importante: Evitar a valorização exessiva da norma culta, percebendo a influencia
da oralidade na escrita no falar rural. Enfocar o respeito ás diversas
variedades linguisticas, trabalhando com situações de uso da língua.
Objetivo: Respeitar as variações lingüísticas
do português brasileiro sem preconceito lingüístico;
Ano: 5º ano
Tempo estimado: 10 aulas.
Material necessário: Copia do texto escrito, fichas de análise textual,
caderno, lápis, placas de isopor, cola,
tesouras, etc.
Desenvolvimento das atividades: Desafio aos alunos
1.
A professora lerá a história em quadrinhos e os alunos irão
registrar as palavras que mais chamaram sua atenção durante a leitura.
CHICO
BENTO EM OS PÉS
Quem gostaria de ler a
redação sobre o tema que passei ontem?
Eu, fessora!! Eu!!!
E eu que pensei que o Chico
não entendia nada do assunto!
Ara, o Chico é muito
isperto, viu?
É por essas i otras qui eu
namoro ele!
É ! a isperteza é coisa di
famia!
Psso começá fessora?
À vontade Chico!
Caham! Camam! Os pé da
gente!
Os pé da gente são a parte
do corpo qui serve pra andá i fazé a curva! Quem tem dois pé é bipede! Quem tem
um é o saci e quem tem mais di dois, precisa di médico!
Intão, eu sô bipedão!
Eita, qui disperdício!
Ah, saci! Larga dos meus pés
Isto é... si num for animar
né?
M- mas, chico...
Craro qui tem mais, fessora!
Tô só começando!
Na natureza, inziste vários
tipos di pé!
Tudo imriba, pé –di- fruta?
Esse pé-di-vento mi dexa sisisperada!
O Ruim di sê pé-d’agua são as bôia!
I por falá im pe-di-fruta, o
mamoero é o único qui tem uma mão no pé!
Ai....
É memo!
Mais tamém, nem todo pé fica
no finar da perna!
Os pé di galinha, por exempro, fica na cara, bem do
lado dos zóios!
Fiu- Fiuuuu!
Mais que belezura!
Oi todos os pés qui conheço,
tem um, ispeciarmente, qui eu adoro!
Ai, chico....
É o pé di moleque! Qui
alinhais, truxe hoje, di merenda!
Im compensação o pior pé qui
conheço é o pé – no – ouvido.....
Qui é o qui ocê vai levá Zé
Lelé, si num tirá as mão da minha merenda!
Ai......
Grup!
Bâo, continuando...
Pedicura num é o pé do
padre. Mais sim, o trabaio di quem faiz os pé das madame!
Por favor onde fica o pé di cura?
Fica logo ali, na igreja!
I
finarmente , a mior coisa pro futuro é fazé um pé di meia! Pruque ansim, ocê
nunca será um pe-di-chinelo i muito nenos um p-e-rapado!
Ufa!
Intão,
fessora? Qui nota eu mereço?
Zero!
Zero ?!
mais pru quê?
Porque
você errou o tema da redação! Hospedagem
Discurpa ,
mais quem errô foi a senhora qui isqueceu do acento na palavra “pé” i num compretô
a palavra “gente”!
Chico
Bento!!!!!
Agora, a
mior coisa a fazê é dá no pé!!!
2.
Conversa informal sobre o gênero textual quadrinhos, suas
características, sua função, o personagen, etc. Caberá destaque a provável
região onde mora o personagem, com indicações no mapa e descrições dos
elementos que constituem tal ambiente, etc.
3.
Confecção de um croqui com as informações levantadas nos
conhecimentos prévios.
4.
Exploração do título e seu significado dentro dos
acontecimentos da história. Levantamento das palavras que mais chamaram atenção
e logo após uma discussão sobre a grafia das palavras registradas pelos alunos,
levantamento dos possíveis motivos que
levaram tal forma de escrita. Aqui caberá uma breve reflexão das origem das
palavras no latim e suas transformaçõe são longo dos anos.
5.
Distribuição da copia do texto a cada aluno, a fim de sublinhar as palavras sugeridas por
eles. Análise das construções das frases em que as palavras são empregadas.
Sistematização com registro em um quadro com as caracteristicas apresentadas
nas frases.
6.
Leitura compartilhada da história em quadrinhos, questionando
o uso de pronomes, adjetivos, preposição. A alternância de “lh” e
“i” melhor / mior; olhos/ zoio; a redução dos ditongos: outra/otra; A simplificação
da concordância: todos oo pé, as mão; Assimilação do “ndo” em “no”(
falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também); a desnasalização das vogais
postônicas: home/homema redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em
“or”: amá/amar; amô/amor. Etc. Neste momento haverá uma analise sobre a
construção da oralidade e da escrita, levando os alunos perceberem que em
certas situações deverão, empregar a norma culta da escrita convencional.
7.
Reescrita das frases do texto que apresentam tais
irregularidades ortográficas empregando as correções gramaticais indicadas pela
norma culta.
8.
Após a
explanação de socialização e esclarecimentos, haverá uma solicitação de pesquisa
na internet com exemplos de variações lingüísticas das diferentes regiões do
Brasil.
9.
Construção de quadro demonstrativos com as principais
variações regionais, no sodaque, na fala e na escrita.
10.
Exibição de animações abordando variações linguisticas
baixados pela internet.
11.
Pesquisa de campo procurando perceber alguns traços da
linguagem de sua cidade.
12.
Construção de painel com as observações realizadas durante a
pesquisa em campo.
13.
Construção de uma maquete de seu cidade, onde destacará os principais bairros onde predominam algumas
variações linguisticas.
Observações: Os registros deverão ser
claros e objetivos, com anotações no caderno, construção de quadros
demostrativos e maquetes, etc.
Avaliação: Ocorrerá de forma
coletiva, em todos os momentos de trabalho e pesquisa, conta-se-á com a
participação nas discussões e individulamente nas atividades realizadas, bem
como na compreensão dos conceitos abordados.
REFERÊNCIAS
Simm, Juliana Fogaça Sanches. Ensino da língua
portuguesa: pedagogia/ Juliana Fogaça Sanches Simm. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2009.
Ramos, Heloísa Cerri . Os poetas e o fazer poético. Revista nova
escola. Disponivel em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/os-poetas-e-o-fazer-poetico-426210.shtml Acesso 03 de jun. 2010.
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