INTRODUÇÃO
O crescimento e a
convergência do potencial tecnológico dos últimos anos e a atual conjuntura social
desencadeia um processo de educação como espaço de desenvolvimento de múltiplas
dimensões, valoriza os processos criativos nas relações pessoais, sociais e
ambientais, Carlos Libâneo trata essa complexidade do ensino-aprendizegem em
seu texto “ O essencial da didáica e o trabalho de professor-em busca de novos
caminhos”.
E é trilhando esse
trajeto que o professor liga meios pedagógicos-didáticos à objetivos sócio políticos
em uma justaposição, cerne da didática, a fim de embasar melhor as informações trazidas por Libaneo e a
realidade da educação ministrada nos Anos Inicias do Ensino Fundamental
realizou-se uma pesquisa com 20 professoras, as entrevistas procuraram traçar o
perfil e as concepções que fudamentalizam as práticas pedagógicas realizadas
por elas em sala.
Assim, o texto que
se segue: Contextualizando a Didática na Atualidade é fruto da análise da
pesquisa realizada nos Anos iniciais e dos estudos realizados por Libâneo, os
resultados estão condensados e partem da premissa Didática, Ensino e
Aprendizagem, Como Ensinar?
Contextualizando a
Didática na Atualidade
Ao tratar sobre
ensino-aprendizagem, reporta-se ao modo de como se dá esse processo educativo,
baseados em Libâneo que fudamenta a disciplina da Didática em conjunto de
objetivos, conteúdos, métodos e formas, bem como, esse fatores se relacionam
para garantir a aprendizagem significativa, tem-se uma visão das finalidades
educativas. Nesse sentido, a aprendizagem será sempre o foco do professor e a
melhor maneira como alcançar este alvo será uma insaciável busca, deste modo a
pesquisa realizada sob forma de entrevista com professores dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental apontou evidenciais aspectos
que Libâneo destaca quanto a didática e o método de trabalho.
Em seu texto
Libâneo caracteriza professores tradicionais, progressitas e
socio-construtivistas respaldado em indicativos de cada concepção educativa,
sendo que as duas primeiras indagações visavam traçar o perfil de cada
profissional entrevistado buscando as caracteristicas citadas pelo autor, assim
foram elaboradas as seguintes perguntas: 1.
Como você realiza seu trabalho em sala de aula? 2. Seu método de trabalho se aproxima
mais do tradicional ou historico-critico? Na análise desta duas questões percebe-se
que mais de 50% das professoras seguem uma postura tradicionalista de trabalhar
com livros, apostilas dentro de uma abordagem rígida, aulas sempre iguais, onde
se passa o conteúdo e cobra-se nas provas, na famosa repetição mecânica de
memorizar e decorar fórmulas e definições, cerca de 20% se contradizem em
descrever sua prática em sala e denominar seu método de trabalho, este percentual
mostra o quanto professores ainda não conseguem respaldar sua prática em
teorias que norteiam a Educação, Aprendizagem e Ensino. As que indicaram uma
postura progressista com materiais diversificados, experiências e diálogo
levando em consideração as individualidades ficaram na casa de 28% e apenas 2% apresentaram indicativos
socio-construtivistas tanto ao descreverem sua prática quanto ao método,
marcando sua fala nos moldes da dimensão sócio (da atividade conjunta) e
construtivista (ensino da autonomia de tarefas e pensamento), agregando sentido
real no ato de aprender e atuar em sociedade em um eixo norteador de autonomia
e independência aos sujeitos.
As indagações
seguintes buscavam determinar a função da escola tanto no passado quanto na
atualidade diante de tantas mudanças na teia organizacional da sociedade, o que
Libâneo considera como local de mediação cultural que internaliza nos sujeitos
os meios cognitivos de comprender, portanto, a fim de esboçar este panorama as
perguntas formuladas foram: 3. Em sua
opinião qual é a função da escola? 4.Você acha que as mudanças econômicas e
culturais existentes na sociedade, modificaram o papel da escola? A súmula
das respostas delineou a seguinte constatação: a função da escola no decorer
dos anos permanece com suas mesmas bases contudo com configurações distintas,
ou seja, a escola ainda permanece com a função de formar cidadãos
intelectualmente competentes e críticos, conscientes de seus direitos e deveres
que saibam se posicionar e atuar em
todos os segmentos sociais. Todavia, todo esse foco central tem peculiaridades
funcionais que substancia o alvo, ou seja, as mudanças sociais embutidas nos
avanços da tecnologia, ampliaram as funções da escola a fatores antes
considerados de ordem familiar e de qualificação profissional, cujo viés do
mercado de trabalho é a competitividade,os domínios tecnológicos e uma
linguagem no mínimo bilíngue. Em presença de tais fatos, têm-se na contemporaniedade
a necessidade de adequar as formas de aprendizagem com estímulos de capacidades
investigativas e habilidades mentais.
Toda essa cultura de
interação ativa entre realidade e sujeito na construção de conhecimento
comporta ações de aprendizagem satisfatórias legitimada em comunidade, pois ao
mesmo tempo que contém elementos subjetivo, apresentam subsídios comuns e compartilhados.
A fim de pautar tais conceitos a quarta indagação buscou coletar informações
dos impactos positivos e negativos estas mudanças na sala de aula e na
aprendizagem dos alunos: 4. Essas
mudanças trouxeram impactos positivos ou negativos na forma de realização do
seu trabalho? A essa pergunta todas foram unanimes em concordar que
impactos positivos e negativos ocorreram no percurso de modificação, os bons
frutos foram as pesquisas voltada para a área educacional que possibilitou uma
melhor compreensão de como de processa a aprendizagem e permitiu compartilhar e
testar teorias que ajudam a ensinar, são exemplos os estudos indicados por
Libâneo nas posições inatistas, mecanicistas e construtivistas com bases
piagetiana, ciência cognitiva, a sócio-construtivista e a historico-cultural,
esta última prioriza o polo social e cultural no desenvolvimento do psiquismo.
Desta modo, a revolução tecnologica adentrou nas escolas como veículo didático,
com acesso rápido, fácil e prático a informações em recursos audio-visuais,
redes sociais, etc. Apesar disso o
aspecto negativo recai no preparo aos profissionais da educação na utilização de
tais recursos em sala como aporte didático da aprendizagem, falta formação
continuada aplicadas as lacunas especificas: esfera digital aplicada a
aprendizagem, pois o uso inadequado de tais ferramentas tem criado a famosa
geração do copia e cola, visto isso afrontar o objetivo fundamental do ato de
ensinar.
Ao citar Castells,
Libâneo exprime o volume crescente de dados acessiveis na sociedade e nas redes
informacionais e da necessidade de educar a juventude em valores para a construção
de personalidades flexíveis e éticas, já Morin ressalta a inteligencia global
que discerne o contexto vivencial. Destarte, o pensamento didático hoje aliado
as tendências epistemologicas, psicocognitivas e pedagógicas apoia a formação
do indivíduo dentro de uma perspectiva de aprendizagem ativa, critica, autonoma,
criativa de modo interdisciplinar de conceitos articulados com representações
do real na ativação de processos
complexos de pensamento e metacognição.
CONCLUSÃO
A realidade
educacional brasileira, numa perspectiva de organicidade, se fundamenta em
conteúdos formais, estagnados em grades curriculares, que buscam justificar-se
pelas implicações das práticas intervencionais, percebe-se com este quadro que
a rigidez presente nas práticas cotidianas de inumeros professores dos Anos
Iniciais tem sua gênese em uma organização maior, herança de séculos de uma
educação burocrática.
Hoje no processo
educacional, o professor não é mais o eixo da ação educativa como pensava-se a
anos atrás, concebe-se na contemporaneidade o educando como ser ativo
procedente das experiências vivenciadas em seus múltiplos aspectos de
conhecimento, tornando-se assim o centro da prática pedagógica, ao
professor cabe o papel de mediar a
cultura elaborada. Em suma a aprendizagem é uma atividade dinamica e criativa,
um acontecimento eminente, interpessoal e social que ocorre na mobilização
mental da subjetividade e da experiência sociocultural concreta como sugere
Libâneo.
REFERÊNCIAS
Libâneo, José Carlos. O essencial da didáica e o trabalho de
professor-em busca de novos caminhos. Goiania. Nov. 2001.
Silva, Karla Wanessa Henrique. Teoria Geral do conhecimento. Disponivel
em: http://karlawanessa.blogspot.com.br/2009/05/teoria-geral-do-conhecimento.html
Acesso em 14. Jun. de 2012.
Um comentário:
Olá Karla!
Parabéns por este espaço rico e significativo de postagens e experiências.
Conte comigo!
Abraços e bom final de semana!
www.rosangelaprendizagem.blogspot.com
www.rosangelavalipsicopedagogia.blogspot.com
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