A Psicologia como ciência
que tenta delinear os mecanismos mentais humanos, tem nos últimos anos
incorporado valores na concepção do “sujeito” perceptíveis nas tendências psicológicas
e mentais decorrentes da psicogênese, ou seja, das diversas dimensões sobre o
que é o ser humano. Diante das informações recolhidas durante décadas de
estudos e dos processos e funções psíquicas que podem causar alterações no
comportamento, o gestor- líder torna-se um portador de ideologias para a
instituição administra.
Assim, liderar que por
si só, já se constitui em uma atividade árdua, ao depara-se com atualizações
das ferramentas e estratégias utilizadas na gestão de pessoas para atender a
demanda de produtividade e qualidade desencadeada pelos avanços tecnológicos requer
maior atenção visto tratar diretamente com a complexidade humana em seus mais
diversos níveis. Na presença desta visão, o gestor escolar na atualidade tem na
análise das relações ligadas aos aspectos morais e psicológicos em
administração o que lhe concede uma interpretação ampla de como liderar pessoas
dentro de uma perspectiva que deslumbra um novo modelo representacional e
substantivo do líder. Neste sentido, não existe mapa que oriente o trajeto do
líder, contudo, indicativos são ofertados pela Psicologia da Educação e
Aprendizagem, dentre os quais o gestor pautará suas tomadas de decisões, ou
seja, as ações aplicadas pelo gestor serão mais postura e coordenação do
pensamento diante das peculiaridades do público. Deste modo, o gestor que imbui
sua liderança na tríade: sentir, pensar e agir agregará maior grau de
significância na formação de pessoas-cidadão dentro de um posicionamento
critico.
Nesta perspectiva, o trabalho do
gestor pressupõe um direcionamento de prática administrativa regulada na
humanização provenientes da análise, observação e experimentação da Psicologia,
em prol de uma administração dirigida a uma sociedade autônoma. Onde a
motivação, o potencial de desenvolvimento e a capacidade de assumir
responsabilidades concretizarão o objetivo do gestor, facilitar e criar
condições adequadas para que pessoas possam comportar-se em equilíbrio aos
interesses organizacionais, destarte as condições devem ser adequadamente
planejadas para que os meios de ensino propiciem real contextualização do saber
epistemológico com transposição direcionada a evolução do outro. Este perpassar
dos ideais puramente administrativos de esfera burocráticos contribui para a
formação de um ambiente de valorização da diversidade cultural no espaço de
convivência denominado escola. Os fatores sociais e culturais desta entidade
abrangem a compreensão de tempos e realidades distintas em uma intervenção na
sociedade vigente. Portanto, o principio básico do conhecimento administrativo
e de recursos humano é ter estabelecido a condição humana de identidade terrena
e falha dos seres que integram o seu dia-a-dia.
Karla Wanessa Carvalho de Almeida
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