quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA NO ENSINO BÁSICO

Educação Tecnológica


A Educação Tecnológica deverá concretizar-se através do desenvolvimento e aquisição de competências, numa sequência progressiva de aprendizagens ao longo da escolaridade básica, tendo como referência o pensamento e a ação perspectivando o acesso à cultura tecnológica.

Essas aprendizagens deverão integrar saberes comuns a outras áreas curriculares e desencadear novas situações para as quais os alunos mobilizam, transferem e aplicam os conhecimentos adquiridos gradualmente.

A Educação Tecnológica orienta-se, na Educação básica, para a promoção da cidadania, valorizando os múltiplos papéis do cidadão utilizador, através de competências transferíveis, válidas em diferentes situações e contextos.
Referimo-nos às competências do utilizador individual, aquele que sabe fazer, que usa a tecnologia no seu quotidiano, às competências do utilizador profissional, que interage entre a tecnologia e o mundo do trabalho, que possui alfabetização tecnológica e às competências do utilizador social,implicado nas interações tecnologia/sociedade, que dispõe de competências que lhe permitem compreender e participar nas escolhas dos projetos tecnológicos, tomar decisões e agir socialmente, como cidadão participativo e crítico.


Decorre desta concepção a construção do perfil de competências que define um cidadão tecnologicamente competente, capaz de apreciar e considerar as dimensões sociais, culturais, econômicas, produtivas e ambientais resultantes do desenvolvimento tecnológico.
  Compreender que a natureza e evolução da tecnologia é resultante do processo histórico.
  Ajustar-se, intervindo ativa e criticamente, às mudanças sociais e tecnológicas da comunidade/ sociedade.
  Adaptar-se à utilização das novas tecnologias ao longo da vida.
  Predispor-se a avaliar soluções técnicas para problemas humanos, discutindo a sua fiabilidade, quantificando os seus riscos, investigando os seus inconvenientes e sugerindo soluções alternativas.
  Julgar criticamente as diferenças entre as medidas sociais e as soluções tecnológicas para os problemas que afetam a comunidade/sociedade.
  Avaliar as diferenças entre as abordagens sociopolíticas e as abordagens tecnocráticas.
  Reconhecer que as intervenções/soluções tecnológicas envolvem escolhas e opções, onde a opção por determinadas qualidades pressupõe, muitas vezes, o abandono de outras.
  Identificar, localizar e tratar a informação de que necessita para as diferentes atividades do seu quotidiano.
  Observar e reconhecer, pela curiosidade e indagação, as características tecnológicas dos diversos recursos, materiais, ferramentas e sistemas tecnológicos.
  Decidir-se a estudar alguns dispositivos técnico-científicos que estão na base do desenvolvimento tecnológico atual.
  Dispor-se a analisar e descrever sistemas técnicos, presentes no quotidiano, de modo a distinguir e enumerar os seus principais elementos e compreender o seu sistema de funcionamento.
  Escolher racionalmente os sistemas técnicos a usar, sendo eles apropriados/adequados aos contextos de utilização ou de aplicação.
  Estar apto para intervir em sistemas técnicos, particularmente simples, efetuando a sua manutenção, reparação ou adaptação a usos especiais.
  Ler, interpretar e seguir instruções técnicas na instalação, montagem e utilização de equipamentos técnicos da vida quotidiana.
  Detectar avarias e anomalias no funcionamento de equipamentos de uso pessoal ou doméstico.
  Manipular, usar e otimizar o aproveitamento da tecnologia, a nível do utilizador.
  Utilizar ferramentas, materiais e aplicar processos técnicos de trabalho de modo seguro e eficaz.
  Ser capaz de reconhecer e identificar situações problemáticas da vida diária que podem ser corrigidas/ultrapassadas com a aplicação de propostas simples, enquanto soluções tecnológicas para os problemas detectados.
  Ser um consumidor atento e exigente, escolhendo racionalmente os produtos e serviços que adquire e utiliza.
  Procurar, selecionar e negociar os produtos e serviços na perspectiva de práticas sociais respeitadoras de um ambiente equilibrado, saudável e com futuro.
  Analisar as principais atividades tecnológicas, bem como profissões, na perspectiva da construção estratégica da sua própria identidade e do seu futuro profissional.


COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS


Ao longo do Ensino Básico, as competências que o aluno deve adquirir no âmbito das aprendizagens em tecnologia organizam-se em três eixos estruturantes fundamentais:


Tecnologia e sociedade

A Educação Tecnológica, no âmbito da formação para todos, integra uma forte componente educativa, orientada para uma cidadania activa, com base no desenvolvimento da pessoa enquanto cidadão participativo, crítico, consumidor responsável e utilizador inteligente das tecnologias disponíveis.

Neste sentido, a dimensão cultural é central no processo de formação em tecnologia, pois trata-se de proporcionar uma aprendizagem assente no sentido crítico e compreensivo da cultura tecnológica.

Este aspecto fundamental para a cultura tecnológica desenvolve-se em torno de conceitos, valores e procedimentos que caracterizam os estádios atuais de desenvolvimento (desiguais) econômico, social e cultural.

A dimensão histórica e social da tecnologia, estruturada nas relações dinâmicas entre a tecnologia e a sociedade, determinam o desenvolvimento de conhecimentos e posicionamentos éticos, fundamentais para analisar e compreender os sistemas tecnológicos e os seus impactos sociais.

A compreensão da realidade, e em particular da realidade técnica que rodeia a criança e o jovem, necessita de ferramentas conceptuais para a sua análise e compreensão crítica, de forma a permitir não apenas a construção do conhecimento, mas também a formação de um posicionamento ético, alicerçado em valores e atitudes, desenvolvidas como processo de construção identitária do jovem.


Processo tecnológico

As atividades humanas visam criar, inventar, conceber, transformar, modificar, produzir, controlar e utilizar produtos ou sistemas. Podemos dizer, genericamente, que estas acções correspondem a intervenções de natureza técnica, constituindo a base do próprio processo tecnológico. 
A concepção e realização tecnológica necessitam da compreensão e utilização de recursos (conceptuais, procedimentais e materiais), de diversas estratégias mentais, nomeadamente a resolução de problemas, a visualização, a modelização e o raciocínio.
Neste sentido, o processo tecnológico é eixo estruturante da Educação em tecnologia e, ao mesmo tempo, organizador metodológico do processo didático que lhe está subjacente.


Conceitos, princípios e operadores tecnológicos

campo e objecto da tecnologia estabelece uma articulação íntima entre os métodos, os contextos e os modos de operar (práticas). Estes, mobilizam conhecimentos, modos de pensamento e ações operatórias, assentes nos recursos científicos e técnicos, específicos das realizações tecnológicas.

Assim, a compreensão dos principais conceitos e princípios aplicados às técnicas, bem como o conhecimento dos operadores tecnológicos elementares, constituem o corpo de referência aos saberes-chave universais da educação em tecnologia.

Todo o objecto, máquina ou sistema tecnológico é constituído por elementos simples que, combinados de um modo adequado, cumprem uma função técnica específica.
A concepção, construção ou utilização de objetos técnicos exige um mínimo de conhecimentos e de domínio dos operadores técnicos mais comuns, utilizados na construção de mecanismos ou sistemas, bem como o estudo das suas relações básicas.


Tecnologia e sociedade

Tecnologia e desenvolvimento social

No domínio da relação entre a tecnologia e desenvolvimento social, as competências tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico incluem:
  Apreciar e considerar as dimensões sociais, culturais, econômicas, produtivas e ambientais resultantes do desenvolvimento tecnológico.
  Compreender que a natureza e evolução da tecnologia resultam do processo histórico.
  Entender o papel da sociedade no desenvolvimento e uso da tecnologia.
  Analisar os efeitos culturais, sociais, econômicos, ecológicos e políticos da tecnologia e as mudanças que ela vai operando no mundo.
  Distinguir as diferenças entre medidas sociais e soluções tecnológicas para os problemas que afetam a sociedade. 
  Ajustar-se, intervindo ativa e criticamente, às mudanças sociais e tecnológicas da comunidade / sociedade.
  Apresentar propostas tecnológicas para a resolução de problemas sociais e comunitários.

1.º ciclo
  Desenvolver a sensibilidade para observar e entender alguns efeitos produzidos pela tecnologia na sociedade e no ambiente.
  Procurar descobrir algumas razões que levam a sociedade a aperfeiçoar e a criar novas tecnologias.
  Compreender atividades tecnológicas simples e saberes técnicos, de acordo com a sua idade e maturidade.
  Identificar algumas profissões do mundo contemporâneo.
  Relacionar objetos, ferramentas e atividades com as profissões identificadas.

2.º ciclo
  Utilizar diferentes saberes (científicos, técnicos, históricos, sociais), para entender a sociedade no desenvolvimento e uso da tecnologia.
  Reconhecer a importância dos desenvolvimentos tecnológicos fundamentais.
  Analisar factores de desenvolvimento tecnológico.
  Entender a inter-relação entre tecnologia, sociedade e meio ambiente.
  Compreender os efeitos culturais, sociais, econômicos e políticos da tecnologia.
  Distinguir modos de produção (artesanal e industrial).
  Compreender e distinguir os efeitos benéficos e nefastos da tecnologia na sociedade e no meio ambiente.

3.º ciclo
  Compreender que a natureza e evolução da tecnologia é resultante do processo histórico.
  Conhecer e apreciar a importância da tecnologia, como resposta às necessidades humanas.
  Compreender os alcances sociais do desenvolvimento tecnológico e a produtividade do trabalho humano.
  Avaliar a pertinência das tecnologias convenientes e socialmente apropriadas.
  Ajustar-se às mudanças produzidas no meio pela tecnologia.
  Reconhecer e avaliar criticamente o impacto e as consequências dos sistemas tecnológicos sobre os indivíduos, a sociedade e o ambiente.
  Predispor-se a intervir na melhoria dos efeitos nefastos da tecnologia no ambiente.
  Reconhecer diferentes atividades profissionais, relacionando-as com os seus interesses.
  Predispor-se para uma vida de aprendizagem numa sociedade tecnológica.
  Tornar-se aptos a escolher uma carreira profissional.


Tecnologia e consumo

No domínio das relações entre a tecnologia e consumo, as competências tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico incluem:
  Desenvolver uma atitude reflexiva face às práticas tecnológicas, avaliando os seus efeitos na qualidade de vida da sociedade e do ambiente e sua influência nos valores éticos e sociais.
  Compreender a tecnologia como resultado dos desejos e necessidades humanas.
  Consciencializar-se das transformações ambientais criadas pelo uso indiscriminado da tecnologia e da necessidade de se tornar um potencial controlador.
  Avaliar o impacto dos produtos e sistemas.
  Predispor-se a escutar, comunicar, negociar e participar como consumidor prudente e crítico.
  Tornar-se num consumidor atento e exigente, escolhendo racionalmente os produtos e serviços que utiliza e adquire.
  Intervir na defesa do ambiente, do patrimônio cultural e do consumidor, tendo em conta a melhoria da qualidade de vida.

1.º ciclo
  Analisar e comparar objetos de uso diário, antigos e contemporâneos.
  Descrever alguns objetos e sistemas simples que fazem parte do mundo tecnológico e tentar compreender a sua relação com as necessidades do homem.
  Reconhecer a importância de não desperdiçar bens essenciais.
  Distinguir alguns materiais utilizados na proteção dos objetos de consumo diário.
  Utilizar materiais reciclados e reciclar outros (papéis, cartões).

2.º ciclo
  Compreender o papel da sociedade no desenvolvimento e uso da tecnologia.
  Situar a produção de artefactos/objectos e sistemas técnicos nos contextos históricos e sociais de produção e consumo.
  Compreender a necessidade de seleccionar produtos e serviços que adquirem e utilizam.
  Escolher os produtos de acordo com as normas respeitadoras do ambiente.
  Saber que os recursos naturais devem ser respeitados e utilizados responsavelmente.
  Analisar as consequências do uso de uma tecnologia na sociedade e no ambiente.
  Reconhecer os perigos de algumas tecnologias e produtos a fim de os controlar ou evitar.

3.º ciclo
  Compreender as implicações econômicas e sociais de alguns artefatos, sistemas ou ambientes.
  Ilustrar, exemplificando, consequências econômicas, morais, sociais e ambientais de certas inovações tecnológicas.
  Analisar criticamente abusos, perigos, vantagens e desvantagens do uso de uma tecnologia.
  Ser consumidores atentos e exigentes, escolhendo racionalmente os produtos e serviços que adquiram e utilizem.
  Escolher, selecionar e negociar os produtos e serviços na perspectiva de práticas sociais respeitadoras de um ambiente equilibrado e saudável.
  Fazer escolhas acertadas, enquanto consumidores, selecionando e eliminando aquilo que é prejudicial ao ambiente.
  Selecionar produtos técnicos adequados à satisfação das suas necessidades pessoais ou de grupo.
  Reconhecer normas de saúde e segurança pessoal e colectiva, contribuindo com a sua reflexão e atuação para a existência de um ambiente agradável à sua volta.


Processo tecnológico

Objecto técnico

No domínio da análise e estudo do objecto técnico, as competências tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico incluem:
  Distinguir os objetos técnicos dos restantes objetos.
  Conhecer e caracterizar o ciclo de vida dos objetos técnicos.
  Enumerar os principais factores que influenciam a concepção, escolha e uso de objetos técnicos.
  Aptidão para analisar o princípio do funcionamento dos objetos técnicos.
  Compreender a importância de materiais e processos utilizados no fabrico de objetos técnicos.
  Analisar os objetos técnicos relativamente às suas funções técnicas em uso.

1.º ciclo
  Descrever oralmente um objecto do seu envolvimento, a partir da observação direta.
  Relacionar os objetos de uso diário com as funções a que se destinam.
  Reconhecer os materiais de que são feitos os objetos.
  Desmontar e montar objetos simples.

2.º ciclo
  Distinguir um objecto de produção artesanal de um objecto de produção industrial.
  Predispor-se para conhecer a evolução de alguns objetos ao longo da história.
  Analisar o princípio de funcionamento de um objecto técnico simples.
  Descrever o funcionamento de objetos, explicando a relação entre as partes que o constituem.
  Predispor-se para detectar avarias no funcionamento de um objecto de uso frequente.

3.º ciclo
  Dispor-se a estudar o objecto técnico, considerando a análise morfológica, estrutural, funcional e a técnica.
  Predispor-se para proceder à reconstrução sócio-histórica do objecto.
  Avaliar o desempenho do objecto técnico relativamente às suas funções de uso.
  Redesenhar um objecto existente, procurando a sua melhoria estrutural e de uso.
  Adaptar um sistema técnico já existente a uma situação nova.
  Predispor-se a imaginar e conceber modificações em sistemas para que estes funcionem melhor.


Planeamento e desenvolvimento de produtos e sistemas técnicos

No domínio do planeamento e desenvolvimento de produtos e sistemas técnicos , as competências tecnológicas que todos os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico incluem:
  Aptidão para identificar e apresentar as necessidades e oportunidades tecnológicas decorrentes da observação e investigação de contextos sociais e comunitários.
  Aptidão para realizar artefatos ou sistemas técnicos com base num plano apropriado que identifique as ações e recursos necessários.
  Reunir, validar e organizar informação, potencialmente útil para abordar problemas técnicos simples; obtida a partir de fontes diversas (análise de objectos, sistemas e de ambientes existentes, documentação escrita e visual, pareceres de especialistas).
  Recorrer ao uso da tecnologia informática para planificação e apresentação dos projectos.
  Utilizar as tecnologias de informação e da comunicação disponíveis, nomeadamente a Internet.

1.º ciclo
  Observar o meio social envolvente, identificando situações ou problemas que afectam a vida diária das pessoas.
  Identificar no meio próximo actividades produtivas de bens e serviços.
  Desenvolver ideias e propor soluções para a resolução de problemas.
  Identificar as principais acções a realizar e os recursos necessários para a construção de um objecto simples.
  Ler e interpretar esquemas gráficos elementares de montagem de objectos (brinquedos, modelos reduzidos, etc.).

2.º ciclo
  Recensear o conjunto de operações necessárias à produção de bens e serviços.
  Observar, interpretar e descrever soluções técnicas.
  Antecipar, no tempo e no espaço, o conjunto ordenado das acções do ciclo de vida de um produto.
  Elaborar, explorar e seleccionar ideias que podem conduzir a uma solução técnica.
  Seleccionar informações pertinentes.
  Exprimir o pensamento com ajuda do desenho (esboços e esquemas simples).
  Seguir instruções técnicas redigidas de forma simples.

3.º ciclo
  Elaborar, explorar e seleccionar ideias que podem conduzir a uma solução técnica viável, criativa, esteticamente agradável.
  Representar e explorar graficamente ideias de objectos ou sistemas, usando diversos métodos e meios, para explorar a viabilidade de alternativas.
  Ler e interpretar documentos técnicos simples (textos, símbolos, esquemas, diagramas, fotografias, etc.).
  Realizar e apresentar diferentes informações orais e escritas, utilizando vários suportes e diversas técnicas de comunicação adequadas aos contextos.
  Exprimir o pensamento e as propostas técnicas através de esboços e esquemas gráficos.
  Comunicar as soluções técnicas de um produto através de um dossier.
  Definir a população-alvo de um certo produto, identificando as suas necessidades e desejos dos eventuais utilizadores.
  Validar as funções do uso de um dado produto nas condições normais de utilização.
  Controlar a conformidade de um produto.
  Clarificar as sequências e procedimentos para diagnosticar uma avaria.
  Recensear o conjunto das operações necessárias à produção de um serviço.
  Elaborar um caderno de encargos, listando os condicionalismos a respeitar.


Conceitos, princípios e operadores tecnológicos


Estruturas resistentes

No domínio do estudo e ensaio de estruturas resistentes, as competências tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico, incluem:
  Identificar a presença de uma grande variedade de estruturas resistentes no meio envolvente.
  Conhecer a evolução de estruturas resistentes em diferentes momentos da história.
  Dominar o conceito de estrutura resistente, identificando algumas situações concretas da sua aplicação.
  Identificar as características que as estruturas resistentes devem ter para cumprirem a sua função técnica.
  Reconhecer que a economia dos materiais aplicados a uma estrutura é favorável do ponto de vista técnico, económico, ambiental e estético.
  Construir estruturas simples, respondendo a especificações e necessidades concretas.

1.º ciclo
  Identificar estruturas nas "coisas naturais" (o tronco da árvore, o esqueleto dos homens e animais, etc.) e nos artefactos construídos pelo homem (pontes, andaimes, edifícios, gruas, pernas de uma mesa ou de uma cadeira, etc.).
  Reconhecer e identificar a presença de estruturas resistentes no meio próximo.
  Construir pequenas estruturas através de meios e processos técnicos muito simples (tubos de papel, perfis de cartolina ou cartão, utilização de embalagens, etc.).
  Ensaiar e experimentar a resistência de pequenas estruturas concebidas com essa finalidade.

2.º ciclo
  Estabelecer analogias entre as funções das estruturas nas "coisas naturais" e os artefactos no mundo construído.
  Analisar diferentes tipos de estruturas existentes em diferentes momentos da história.
  Identificar a partir da observação directa alguns dos esforços a que está submetida uma estrutura.
  Reconhecer que muitas estruturas são constituídas pela montagem de elementos muito simples.
  Identificar alguns elementos básicos constituintes de estruturas resistentes.
  Compreender a razão pela qual triângulos e tetraedros são formas básicas das estruturas de muitas construções.

3.º ciclo
  Identificar e distinguir os diferentes tipos de forças que actuam sobre as estruturas.
  Analisar as condições e o modo de funcionamento para que uma estrutura desempenhe a sua função.
  Ser capazes de distinguir forças de tracção, compressão e flexão.
  Identificar os perfis e características mecânicas das estruturas resistentes Identificar as características e funções dos principais elementos de uma estrutura resistente (viga, pilar, tirante e esquadro).
  Analisar e compreender a influência da disposição geométrica dos elementos sobre a capacidade de resistência das estruturas.
  Analisar e valorizar a importância das normas de segurança nas estruturas submetidas a esforços.

Movimento e mecanismos

No domínio do estudo, análise e aplicação do movimento e mecanismo, as competências tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico incluem:
  Aptidão para verificar que não existe movimento sem estrutura.
  Aptidão para identificar as partes fixas e as partes móveis de um objecto ou sistema técnico.
  Identificar os principais operadores técnicos utilizados nos mecanismos.
  Analisar estruturas com movimento procedentes de diferentes momentos da história.
  Reconhecer alguns mecanismos elementares que transformam ou transmitem o movimento.

1.º ciclo
  Identificar o movimento em objectos simples comuns no quotidiano.
  Realizar um inventário de mecanismos presentes na vida diária.
  Descrever o tipo e a função do movimento em objectos comuns.
  Identificar as partes fixas e as partes móveis em objectos do mundo próximo.
  Dominar as noções de transmissão e de transformação de movimento.
  Montar e desmontar as partes fixas e móveis de objectos simples.

2.º ciclo
  Identificar os elementos de uma estrutura móvel.
  Identificar os elementos e uniões desmontáveis.
  Conhecer as duas grandes famílias de movimento - movimento circular e movimento rectilíneo.
  Reconhecer e identificar processos de transmissão de movimento circular e movimento rectilíneo.
  Conhecer e identificar processos de transmissão com transformação do movimento.
  Construir mecanismos simples que utilizem os operadores mecânicos do movimento.

3.º ciclo
  Conhecer e identificar os principais operadores dos sistemas mecânicos básicos.
  Identificar os diferentes tipos de transmissão e transformação de movimento: circular/circular; circular/ rectilíneo; rectilíneo/circular.
  Ser capazes de construir, montar e desmontar objectos técnicos compostos por mecanismos e sistemas de movimento.


Acumulação e transformação de energia

No domínio da acumulação e transformação de energia, as competências tecnológicas que o aluno desenvolverá ao longo do Ensino Básico incluem:
  Compreender que é necessária a existência de energia para produzir trabalho.
  Conhecer diferentes fontes de energia.
  Identificar diferentes formas de energia.
  Analisar e valorizar os efeitos (positivos e negativos) da disponibilidade de energia sobre a qualidade de vida das populações.
  Conhecer as normas de segurança de utilização técnica da electricidade.
  Participar activamente na prevenção de acidentes eléctricos.
  Reflectir e tomar posição face ao impacto social do esgotamento de fontes energéticas naturais.
  Valorizar o uso das energias alternativas, nomeadamente pela utilização de fontes energéticas renováveis.

1.º ciclo
  Compreender o conceito de material combustível e energético.
  Enumerar objectos eléctricos utilizados no quotidiano das pessoas.
  Reconhecer e identificar, no espaço público, objectos que funcionam com electricidade.
  Conhecer o esquema e o princípio de funcionamento de um circuito eléctrico.
  Conhecer os elementos constituintes de um circuito eléctrico simples.
  Desmontar e montar objectos eléctricos simples (lanternas, brinquedos, etc.).
  Conhecer as características e princípios de utilização de materiais condutores e materiais isolantes.

2.º ciclo
  Identificar em objectos simples os operadores tecnológicos com as funções de acumulação e transformação de energia.
  Identificar os elementos fundamentais de um circuito eléctrico, as suas funções e o princípio de funcionamento.
  Construir objectos simples.
  Montar pequenas instalações eléctricas.
  Conhecer as fontes de energia, nomeadamente a energia hidráulica, eólica, geométrica, solar, maremotriz.

3.º ciclo
  Conhecer os principais operadores eléctricos e a sua aplicação prática.
  Conhecer e identificar a simbologia eléctrica.
  Dominar o conceito de intensidade, resistência e voltagem eléctrica.
  Conhecer diversos tipos de circuitos eléctricos.
  Conhecer o princípio do funcionamento de um motor cc..
  Conhecer os princípios que explicam o funcionamento do electroíman.
  Conhecer os dispositivos utilizados para a inversão do movimento de um motor cc..
  Montar e desmontar aparelhos eléctricos simples.
  Construir pequenas montagens e instalações eléctricas.


Regulação e controlo

No domínio da regulação e controlo, as competências tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico incluem:
  Utilizar com correcção os instrumentos de controle e medida.
  Predisposição para aceitar que os sistemas técnicos podem actuar como receptores ou emissores de informação, nomeadamente no comando e regulação de funcionamento de máquinas.
  Compreender que a regulação é o comando de um sistema por si próprio, envolvendo uma cadeia circular (acção/mediação/actuação).
  Reconhecer que a informática facilita e flexibiliza extraordinariamente o comando e regulação dos sistemas técnicos.
  Predisposição para compreender a importância do controlo social da tecnologia.

1.º ciclo
  Identificar actos de comando em sistemas técnicos comuns.
  Identificar os elementos técnicos do comando, regulação e controlo de sistemas técnicos do quotidiano (em ambiente doméstico, na escola ou em espaços sociais).
  Ser capazes de ler um instrumento de medida coerente.

2.º ciclo
  Identificar diferentes tipos de comandos de sistemas técnicos comuns ? manuais, mecânicos e automáticos.
  Ser capazes de distinguir actos de comando automático.
  Reconhecer que o funcionamento de um sistema exige a actuação de dispositivos de informação retroactiva.
  Predispor-se a utilizar as disponibilidades técnicas do computador pessoal e dos seus periféricos.
  Verificar o funcionamento de um objecto construído.

3.º ciclo
  Ser capazes de efectuar e relacionar medidas de grandezas eléctricas.
  Seleccionar um sistema eléctrico simples e representar o seu funcionamento.
  Identificar procedimentos e instrumentos de detecção, regulação e controlo de sistemas técnicos comuns.
  Reconhecer que são as relações entre a função técnica de um elemento e a estrutura que permitem realizar a regulação.
  Representar a estrutura funcional de artefactos, destacando a função da regulação mecânica.
  Identificar Conhecer as noções das funções de regulação e de controlo de energia (regular e controlar para que o débito desta seja constante).
  Reconhecer a relação entre a regulação de energia e a possibilidade de controlar os ritmos e níveis dos processos de produção.
  Conhecer alguns operadores técnicos específicos de comando, regulação e controlo.

Materiais

No domínio dos materiais, as competências tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do Ensino Básico incluem:
  Conhecer as principais características das grandes famílias dos materiais.
  Aptidão para comparar as características e aplicações técnicas em diferentes materiais.
  Aptidão para escolher materiais de acordo com o seu preço, aspecto, propriedades físicas e características técnicas.
  Valorizar na escolha dos materiais os aspectos estéticos destes que cumpram os requisitos técnicos exigidos.
  Sensibilidade perante a possibilidade de esgotamento de algumas matérias-primas devido a uma utilização desequilibrada dos meios disponíveis na natureza.
  Manter comportamentos seguros perante a eventual nocividade de certos materiais.

1.º ciclo
  Distinguir materiais naturais de materiais artificiais.
  Conhecer a origem de alguns materiais básicos comuns.
  Identificar diversos materiais aplicados na construção de artefactos do quotidiano (um edifício, uma ponte, um automóvel, uma bicicleta, um lápis, um brinquedo, etc.).
  Reconhecer algumas características de materiais comuns: duro-mole, rígido-flexível, opaco-transparente. rugoso-macio, pesado-leve, absorvente-repelente, etc..
  Predispor-se para compreender que a maioria dos materiais é comercializada após sucessivas fases de preparação, e não como se encontra na natureza.

2.º ciclo
  Identificar os diferentes materiais básicos e algumas das suas principais aplicações.
  Conhecer a origem dos principais materiais básicos.
  Reconhecer características físicas elementares e aptidão técnica dos materiais básicos mais correntes.
  Seleccionar os materiais adequados para aplicar na resolução de problemas concretos.
  Seleccionar e aplicar os materiais tendo em conta as suas qualidades expressivas/estéticas.

3.º ciclo
  Predispor-se para avaliar as características que devem reunir os materiais para a construção de um objecto.
  Conhecer os principais materiais básicos segundo as suas aplicações técnicas nomeadamente materiais de construção. materiais de ligação, de recobrimento, etc..
  Reconhecer os materiais básicos de uso técnico, segundo tipologia, classificação e formas comerciais.
  Utilizar os materiais tendo em conta as normas de segurança específicas.
  Comparar os materiais aplicados em diferentes momentos da história.
  Predispor-se para atender aos eventuais riscos para a saúde derivados do uso de determinados materiais.
  Ser sensível perante o impacto ambiental e social produzido pela exploração, transformação e desperdício de materiais no possível esgotamento dos recursos naturais.


Fabricação-construção

No domínio da fabricação e construção, as competências tecnológicas que o aluno desenvolverá ao longo do Ensino Básico incluem:
  Identificar e usar racionalmente os instrumentos e ferramentas.
  Conhecer e utilizar os dispositivos de segurança de ferramentas e máquinas.
  Estabelecer um plano racional de trabalho que relacione as operações a realizar e os meios técnicos disponíveis.
  Valorizar o sentido de rigor e precisão.

1.º ciclo
  Conhecer as principais actividades tecnológicas, as profissões e algumas das características dos seus trabalhos.
  Identificar algumas das principais actividades produtivas da região.
  Predispor-se a valorizar as precauções de segurança nos processos de fabricação.
  Realizar a construção de objectos simples utilizando processos e técnicas elementares.
  Realizar medições simples.

2.º ciclo
  Identificar e distinguir algumas técnicas básicas de fabricação e construção.
  Seleccionar e aplicar as ferramentas específicas aos materiais a trabalhar.
  Descrever um objecto comum por meio de esquemas gráficos e figuras.
  Identificar os principais sectores profissionais da actividade tecnológica.
  Manter comportamentos saudáveis e seguros durante o trabalho prático, conhecer algumas técnicas básicas nomeadamente união, separação-corte, assemblagem, formação, conformação e recobrimento.
  Medir e controlar distâncias e dimensões expressas em milímetros.
  Aplicar as técnicas específicas aos materiais a utilizar e aos problemas técnicos a resolver.

3.º ciclo
  Ser capazes de ler instrumentos de medida com aplicações técnicas.
  Reconhecer que a precisão dimensional e a lubrificação são necessárias ao bom funcionamento de mecanismos.
  Predispor-se a usar medidas rigorosas com tolerância, distinguindo o erro relativo do erro absoluto.
  Definir autonomamente os condicionalismos que se colocam à produção-fabricação de um objecto, nomeadamente financeiros, técnicos, humanos e tempo/duração.
  Escolher e seleccionar os operadores técnicos adequados ao plano e à realização do projecto técnico.
  Interpretar instruções de funcionamento de aparelhos e equipamentos comuns (montagem, fixação, instalação, funcionamento/uso e manutenção).
  Ler e interpretar esquemas gráficos de informação técnica.
  Construir operadores tecnológicos recorrendo a materiais e técnicas básicas.
  Sequenciar as operações técnicas necessárias para a fabricação-construção de um objecto.
  Estabelecer um caderno de encargos.
  Elaborar uma memória descritiva.


Sistemas tecnológicos

No domínio dos sistemas tecnológicos, as competências tecnológicas a desenvolver pelos alunos ao longo do Ensino Básico incluem:
  Analisar o objecto técnico como um sistema.
  Analisar o ciclo de vida do objecto relacionando as interacções existentes nos diferentes sistemas sociais: consumo, uso, produção e impacto social e ambiental.
  Usar a perspectiva sistémica na concepção e desenvolvimento do produto pela interacção e articulação de várias perspectivas.
  Aptidão para analisar as relações dos objectos nos sistemas técnico, no sistema de produção e no sistema ambiental.
  A predisposição para reconhecer que todos os sistemas técnicos podem falhar ou não funcionar como o previsto devido a uma falha de uma ou mais partes que constituem o sistema.

1.º ciclo
  Observar e compreender o objecto como um conjunto de componentes ou partes que interagem entre si.
  Observar nos sistemas sociais do meio envolvente a interacção das partes que o constituem.
  Verificar e explicar o que pode acontecer se uma dada parte de um sistema deixa de funciona.
  Classificar e emparelhar objectos a partir das funções que desempenham num dado sistema.

2.º ciclo
  Predispor-se para reconhecer que todos os sistemas técnicos são constituídos por elementos parciais mas que interagem para a realização das funções gerais do sistema.
  Ser capazes de enumerar e relacionar os elementos constituintes e funcionais de um sistema.
  Dispor-se a reconhecer e compreender a existência de sistemas simples e de reduzidas dimensões, de sistemas complexos de grandes dimensões, nomeadamente os grandes sistemas sociais.
  Analisar a fiabilidade dos vários elementos do sistema.
  Discutir o prejuízo, para a funcionalidade de um sistema, derivado de uma falha de um dos seus componentes.
  Analisar um objecto técnico como um sistema.
  Observar as diferentes funções de um sistema e a sua participação na funcionalidade geral deste (ex.: a bicicleta. o sistema de distribuição de energia eléctrica, etc.).

3.º ciclo
  Predispor-se para analisar a complexidade do meio artificial.
  Compreender que todos os produtos tecnológicos se integram num dado sistema específico, nomeadamente os sistemas físicos, biológicos e organizacionais.
  Observar e descrever os elementos constitutivos de um dado sistema.
  Compreender que um sistema é uma totalidade complexa organizada em função de uma necessidade constituída por elementos solidários interagindo dinamicamente.
  Analisar o objecto técnico com um sistema a partir das relações e interacções com o meio envolvente.
  Compreender que o estudo do objecto se realiza tendo em conta as relações internas e externas dos seus componentes.

A competência em tecnologia, tal como foi definida, adquire-se e desenvolve-se através da experimentação de situações que mobilizem:

A integração dos saberes, conhecimentos e conceitos, específicos e comuns a várias áreas do saber.
A transformação das aquisições, operacionalizando os saberes em situações concretas, exigindo respostas operativas.
A mobilização de conhecimentos, experiências e posicionamentos éticos, e
A criação de situações nas quais é preciso tomar decisões e resolver os problemas.

Neste quadro, o conceito de competência adoptado considera que as competências, ao mobilizarem os saberes e saber-fazer, exigem a criação de recursos e situações de aprendizagem que permitam a realização do princípio de mobilização.
Para que haja transferência de competências é indispensável que estas sejam postas em acção e treinadas de forma sistemática.


Tipologia e natureza das actividades em educação tecnológica
  Actividades de observação.
  Actividades de pesquisa.
  Actividades de resolução de problemas (técnicas/tecnológicas).
  Actividades de experimentação.
  Actividades de design.
  Actividades de organização e gestão.
  Actividades de produção (técnica e oficinal).

Experiências educativas e situações de aprendizagem que todos os alunos devem viver
  Debater e avaliar os efeitos sociais e ambientais da actividade técnica na sociedade.
  Analisar objectos técnicos.
  Observar e descrever objectos e sistemas técnicos.
  Projectar sistemas técnicos simples.
  Planificar actividades técnico-construtivas.
  Sequencializar operações técnicas.
  Resolver problemas técnicos.
  Interpretar enunciados de projectos técnicos.
  Montar e desmontar operadores tecnológicos.
  Construir mecanismos elementares.
  Efectuar medições técnicas.
  Executar projectos técnicos.
  Pesquisar soluções técnicas.
  Analisar os princípios de funcionamento técnico dos objectos.
  Organizar informações técnicas.
  Elaborar desenhos simples de comunicação técnica normalizada.
  Interpretar esquemas técnicos.
  Utilizar as tecnologias de informação e comunicação.
  Interpretar documentos técnicos relativos à instalação, uso e manutenção de equipamentos
domésticos (casa, escola, etc.).
  Elaborar programas (simples, em papel) relativos à tomada de decisões no quotidiano.
  Trabalhar colaborativa e cooperativamente (individualmente, a pares e em grupo).

Uma tipologia genérica mais alargada de experiências educativas e situações de aprendizagem tipo, mobilizáveis em educação tecnológica.
A partir da perspectiva de integração dos saberes e saber-fazer tecnológicos sugerem-se experiências educativas organizadas a partir das componentes estruturantes do campo da educação tecnológica, a saber:
  Componente histórica e social.
  Componente científica.
  Componente técnica.
  Componente comunicacional.
  Componente metodológica.

Componente histórica e social:
  Analisar factores de desenvolvimento tecnológico.
  Analisar e tomar posição face à implementação de soluções tecnológicas para problemas sociais.
  Analisar criticamente a vida comunitária e social.
  Situar a produção de artefactos/objectos e sistemas técnicos nos contextos históricos e sociais de produção e consumo.
  Identificar profissões, sectores de actividade económica e áreas tecnológicas.
  Apresentar propostas tecnológicas para a resolução de problemas sociais e comunitários.

Componente científica:
  Identificar variáveis e factores tecnológicos.
  Formular hipóteses.
  Extrair conclusões.
  Realizar cálculos matemáticos.
  Realizar observações directas.
  Calcular valores e custos.
  Interpretar dados numéricos.
  Identificar o princípio científico de funcionamento de um objecto ou sistema técnico.
  Interpretar símbolos, diagramas e gráficos.

Componente técnica:
  Analisar objectos, máquinas e processos de trabalho técnico:
- Identificar os elementos constitutivos de um objecto técnico.
- Identificar o princípio de funcionamento técnico de objectos e sistemas.
  Montar e desmontar aparelhos e objectos técnicos simples:
- Ajustar componentes de uma construção.
- Substituir componentes.
- Detectar e identificar avarias (simples).
- Realizar reparações simples.
  Medir objectos simples:
- Utilizar aparelhos de medida.
  Realizar projectos:
- Realizar objectos técnicos simples.
- Seleccionar materiais, ferramentas e utensílios.
- Sequenciar operações técnicas.
- Aplicar técnicas de trabalho com materiais correntes.
- Aplicar técnicas e processos de trabalho para a construção de objectos.
- Verificar o funcionamento dos objectos construídos.
  Seguir instruções técnicas escritas:
- Interpretar as instruções de funcionamento (montagem, fixação, instalação, manutenção,
uso de aparelhos técnicos correntes (electrodomésticos, equipamentos técnicos de uso na
escola, etc.).
  Combinar operadores tecnológicos:
- Avaliar materiais, produtos, processos tecnológicos.
- Resolver problemas tecnológicos.

Componente comunicacional:
  Elaborar documentos técnicos (de registo escrito).
  Produzir textos relativos a funções específicas:
- Redigir um relatório técnico.
- Redigir uma memória descritiva.
- Redigir um caderno de encargos.
- Redigir os descritores de uso e manutenção de objectos/equipamentos.
- Redigir informações destinadas aos consumidores de objectos ou sistemas técnicos.
- Redigir, experimentalmente, uma patente.
- Descrever situações, fenómenos e processos.
  Desenhar objectos e construções:
- Realizar esboços e croquis.
- Elaborar registos gráficos de memória/especulação e observação directa.
- Representar objectos à escala.
- Representar simbolicamente operadores, instalações, circuitos e processos.
  Apresentar as suas próprias realizações:
- Expor oralmente um projecto/uma solução técnica.
- Expor visualmente um objecto/sistema ou projecto técnico.
  Interpretar informação.
  Interpretar um enunciado/projecto técnico.
  Utilizar o vocabulário específico da tecnologia.
  Usar as tecnologias informação e de comunicação.

Componente metodológica:
  Identificar fontes de informação.
  Localizar informação.
  Usar as tecnologias de informação e comunicação.
  Elaborar estratégias de recolha de informação.
  Consultar catálogos técnicos e revistas de tecnologia.
  Seleccionar informação.
  Classificar e organizar a informação.
  Pesquisar informações e soluções técnicas específicas.
  Estabelecer analogias e transferência de soluções entre problemas técnicos similares e as soluções adoptadas.
  Planificar processos produtivos.
  Estabelecer sequências de processos.
  Organizar o trabalho.
  Realizar simulações.
  Trabalhar em grupo/integrar uma equipa.
  Contactar, em contexto real, com ambientes de trabalho profissional em empresas.
  Contactar com profissionais.


Produtos/objectos/registos da aprendizagem:
  Concretização das actividades de ensino e aprendizagem - produtos/tipo de registo/actividade
dos alunos.
  Objectos (produtos socialmente úteis).
  Protótipos.
  Modelos (construção).
  Modelos (simulação).
  Montagens experimentais.
  Ensaios técnicos experimentais.
  Maquetas.
  Trabalho sobre "Kits" (experimentação, análise, montagem, construção, etc.).
  Instalações.
  Portefólio de projectos.
  Documentos técnicos.
  Estudos (escritos, gráficos, etc.).
  Exposições temáticas.
  Debates/role playing.
  Apresentação oral de trabalhos.
  Outros.

FONTE: http://www.explicatorium.com/legislacao/Competencias-educacao-tecnologica.php

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