INTRODUÇÃO
Elemento primitivo da
natureza humana, a arte está em todos os lugares e se expressa em cada gesto e
imagem no alicerce do imaginário. Colaboram com a construção da nossa
identidade cultural e é neste ponto que seu ensino exige um maior tratamento
didático que possibilite um desenvolvimento pleno do aluno.
Por isso, este trabalho de pesquisa tem como norte principal descrever uma pouco do trabalho pedagógico do Ensino das Artes, para isso foram realizadas entrevistas com professores do Ensino Básico nos Anos Iniciais. Nas entrevistas realizadas buscou-se abordar pontos relevantes que revelasse como se sente o professor diante da disciplina de Artes.
Por isso, este trabalho de pesquisa tem como norte principal descrever uma pouco do trabalho pedagógico do Ensino das Artes, para isso foram realizadas entrevistas com professores do Ensino Básico nos Anos Iniciais. Nas entrevistas realizadas buscou-se abordar pontos relevantes que revelasse como se sente o professor diante da disciplina de Artes.
A CONTEXTUALIZAÇÃO NAS AULAS DE ARTES
Desde os primordios da civilização, o homem
busca intensamente formas de se expressar, ou seja, manter uma comunicação e
para alcançar tal objetivo lança mão das mais diversas fontes. Inicialmente o
homem buscou em meio a rusticidade vivenciada, uma forma de transmitir ao seu
companheiro e as demais gerações a sua cultura, seu modo de viver em sociedade,
e fez isto por intermédio do desenho.
Portanto, a primeira tentativa de
comunicação acontece pelo desenho que parece ser um processo natural de todo
ser humano. Segundo Paulo Freire a Arte possibilita “dialogar com o mundo” e é dentro desta arte-cultura que o Ensino
das Artes deve apoiássem, oportunizando os alunos a ver, sentir e assistir
manifestações artisticas variadas, conectando assim, por esta via, o conhecimento
estético aos aspectos sensíveis e cognitivos. Com objetivo de tentar mostrar
como é vivenciada as aulas de Artes no munícipio da Gameleira, foi elaborado
uma pesquisa com alguns professores da rede, onde nela encontrasse alguns temas
que refletiremos no corpo deste trabalho.
No decorrer das
entrevistas realizadas ficou evidente que os professores que ministram as aulas
de artes não tem nenhuma habilitação específica para a área. Isso não
supreende, pois como sabe-se na maioria dos casos dos anos iniciais o professor
é polivalente. As pesquisas referente as abordagens metodologicas utilizadas,
resultou na seguinte conclusão: o foco
recai na visão tradicional, destinando o trabalho pedagógico a pintura e a vivência
de datas comemorativas. É importante ressaltar que as modalidades mais
trabalhadas são: desenho, pintura e colagem e que as linguagens como música,
teatro e dança são utilizadas em acme de projetos ou comemorações de datas
especiais (dia das mães, pais, natal, etc.). Verificou-se também que o museu
não é um dos espaços frequentado pelos professores e que a maioria já visitaram
pelo menos uma vez o museu em viagens da faculdade, porém nunca de iniciativa
própria. Ao serem questionados sobre o trabalho com a imagem (obras-telas)
foram unânimes ao assegurar que proporcionam um trabalho neste eixo, porém os
encaminhamentos utilizados são presos e tradicionais, que oferta apenas uma
visão fragmentada da realidade. Geralmente enfocam as cores, texturas, linhas,
autor, forma, expõem um comentário sobre o contexto social da obra e pedem que reproduzam a tela.
Optam por trabalharem autores como Portinari, Galdi, Tarsila do Amaral, pois já
encontram sugestões de atividades no manual do professor (livro didático) ou
ainda idéias retiradas da internet.
A pesquisa identificou
um outro grupo de professores, de igual modo sem habilitação específica, porém
com dois elementos fundamentais: a pesquisa e a inovação. Em seus relatos
apontaram que trabalham Artes senamalmente e que variam as linguagens artísticas
e suas modalidades, enfocam um trabalho de leitura de imagens, buscando novos
caminhos e possibilitando uma reflexão bem mais apurada do contexto social
passado e do virgente. A base desta mudança é a iniciativa de pesquisa e
leitura, para melhor atender os alunos, por isso, eles buscam imagens em livros e em outros suportes,
trazem propagandas, fotos antigas a atuais, chages, etc. Mencionaram ter levados
seus alunos a eventos e espetáculos folclóricos comuns da região.
Uma aula de Artes dentro
dos padrões sugeridos pelos PCN’s abordam os eixos da proposta tirangular de
Ana Mae Barbosa que contempla o contexto politico-econimico e sociocultural,
isto é possivel na contextualização das aulas, ou seja, da
interdisciplinaridade. Dinte do exposto as aulas de artes necessitam proporcionar aos alunos o contato com os mais
diversos materiais, suportes, e modalidades da linguagem artistica, uma
sugestão bem trabalhada seria levar os alunos ao uma evento cultural, como por
exemplo, uma visita ao museu Mestre Vitalino, pois suas obras são riquissimas
em valor cultural, social e sobretudo conta a historia da região nordeste mais
particularmente do agreste . A leitura das obras e do contexto social daquele
tempo associado ao trabalho de hoje com o barro, possibilitaria as crianças
tomarem consciência através da reflexão de apectos geográficos e históricos do
Alto do Moura, celeiro dos ceramistas populares de Caruaru. Afinal, da condição
utilitária primordial do barro, que remonta aos hábitos indígenas, o ceramista
deu ao barro um status de arte, que é, sim, um retrato do cotidiano onde vivia,
mas sempre foi uma obra carregada de imaginação e de um poder inventivo que deu
novas cores e formas às histórias que ouvia das pessoas, principalmente da mãe.
Assim as crianças aprenderiam na tríade de
Ana Mae Barsosa dentro de uma visão interdisciplinar e construiriam uma
vsião da totalidade e não fragmentada do conhecimento das Artes.
CONCLUSÃO
Diante de todo
trajeto da Educação Artística e das pesquisas realizadas ve-se que o Ensino das artes não se configurou
muito, devido a uma especificação na
Lei, aliado com a comodidade que o tradicionalismo oferece.
As aulas ainda hoje
destinam –se a pintura, recorte e colagem ou ao desenho livre, destituido de
significação para os alunos. A aula de Artes como agente de conhecimento deve
focalizar o fazer, a apreciação e reflexão, em um todo, não mas fragmentado.
O Ensino de qualidade, portanto, tem o
obrigação de propiciar a oportunidade do aluno se reconhecer em sua produção
artistica, bem como refletir sobre seu tempo, espaço, bem como outros fatores
que implicam em sua produção e de artistas famosos.
Um comentário:
Olá Karla, recebi sua visita em 25/09 e estou atendendo à sua sugestão. Raramente recebo comentários, daí o retardo em lhe contactar. Fico contente que tenha apreciado os estudos, estarei à sua disposição para dirimir qualquer dúvida que tenha.
Também achei o seu blog excelente!
A Paz de Cristo, Ruy
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