A MÚSICA E SEU CONTEXTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A música está evidente em todos os instantes do dia, ou seja, vive-se em um mundo visual e sonoro, e este contexto não se reduz ao momento atual, sabe-se que o filosofo Platão já impulsionava que seus guerreiros fossem instruídos com música e na Bíblia temos o exemplo dos salmos de Davi que foi um músico, utilizou a música para profetizar. Hoje a música compreendida como uma das linguagens da Arte tem seu ensino na educação infantil como fator fundamental para elucidar o desenvolvimento integral da criança por meio da musicalização, sendo assim a música deve está na escola como mais um componente formador do sujeito, que desenvolve uma vivência de conhecimento musical através da apreensão de instrumentos perceptiveis, pois é na interação que se estabelece a construção do repertório musical, permitindo a comunicação por meio dos sons.
A musicalidade se manifesta dentro e fora da escola, por isso, a importância de proporcionar a esse processo um toque distinto por meio de atividades lúdicas como as canções, jogos, pequenas danças, exercícios de movimentos, que ocorram de forma integrada com apreciação musical. O trabalho educativo com música não pode limita-se a cantar na entrada ou saida, se restringindo a artificio de ordem e acalmador das crianças, mas como constata Paulo Roberto Suzuki, professor e educador na área de computação e criatividade, músico, estudante e pesquisador na área de musicoterapia e da neurociência nos últimos 10 anos, “A música atua nos dois hemisférios do cérebro. O lado esquerdo que é mais lógico e seqüencial e o direito que é holístico, intuitivo, criativo. No processo musical os dois lados são trabalhados”. Isso revela que o ensino da música proporciona a assimilação de conteúdos articulando esses dois campos, o que torna a criança com capacidade plena de desenvolvimento, sendo o conhecimento absorvido mais rapidamente. Baseando-se neste pressuposto o ensino da música favorece a condição da criança com relação à criatividade. “Com a música ele fica mais criativo, sabe improvisar, ter mais naturalidade a lidar com os conteúdos e isso acaba favorecendo, de forma genérica, o aprendizado”, afirma Suzuki.
Além disto, ajudará muito na perspectiva da socialização, por isso a música deve ser explorada em sua totalidade, com atividades que despertem o seu gosto, pois o mesmo contribui com um variado suporte de abordagem, como por exemplo: jogos de movimento, a escuta ativa, que habilita a criança distinguir e classificar os sons que podem ser naturais e culturais. Quando se adere a esta abordagem visa suprir a defasagem entre o trabalho da música e das demais áreas do conhecimento por meio de procedimentos repensados, que incuti o papel da música na sociedade moderna, portanto abri-se uma gama de possibilidades para um trabalho ativo, prazeroso e construtivo dos parametros do som: altura, duração, intensidade e timbre. Nesse aspecto outro evento de suma relevância é a construção de instrumentos musicais não convencionais, produzidos com sucatas, que enriquece a composição musical das crianças.
De acordo com Del Bem, Hentschke a educação musical não visa formar musicos e sim auxiliar o processo de apropriação, transmissão e criação de práticas musicais e culturais. Sendo assim a música contribui para a formação global, incluindo enfoques como a sensibilidade, motricidade, raciocínio, transmissão e resgate de elementos culturais. E é neste conjunto que a propriedade da música é encontrada, pois as vivências infantis remota a música relacionando-as com atividades corporais que integram um conjunto de conhecimento, seja na mobilização dos jogos e brincadeiras, onde há prazer, ou seja, na construção do imaginário onde se funde a realidade e fantasia, para a concepção social de homem e mundo.
As emoções e sentimentos da linguagem musical é visualizados no relato pessoal, bem como nas entrevistas, onde este conhecimento abstrato por meio da música estimula o pensamento, a ordenação do espaço e tempo, refletindo os conteúdos históricos, sociais e políticos do mundo que a criança desvenda por meio da voz, da audição, dos movimentos nas brincadeiras, que concede suporte dinâmico as construções cognitivas que o trabalho com a música gera. Ao anasilar as entrevistas percebe-se que todas elucida elemento chaves da música aliada ao ensino escolar, sendo assim têm-se na música um excelente caminho para ajudar o professor na rotina prazerosa e gratificante de preparar as crianças para ingressarem com alegria e segurança no maravilhoso mundo do conhecimento.
Sem mencionar que na atual sociedade os meios tecnológicos tem roubado da infância esse contato com o folclore tradicional, a fantasia e neste sentido o professor realmente tem que arquitetar meios de prender a atenção e despertar a curiosidade das crianças para estes fins. No bojo deste texto verifica-se que o ensino da música para crianças de 0 a 5 anos, é um campo riquíssimo quando se entrelaça objetivos conceituais, procedimentais e atitudinais que visem o desenvolvimento integral das crianças, porém ainda é um segmento que necessita de mais investimentos por parte dos órgãos competentes, da escola e dos professores, tendo em vista seu potencial na construção do conhecimento em todos os aspectos por ele enraizado na formação de um sejeito culturalmente acrescido de experiências diversas do meio social.
Um comentário:
Oi, gostei do texto!!!
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