Olá, nesta página encontra-se uma resenha crítica sobre o artigo:
Reinventando Relações entre Seres
Humanos e Natureza nos Espaços de Educação Infantil
Identificação
da Obra:
Tiriba,
Lea. Reinventando relações entre seres humanos e natureza nos espaços de
educação infantil.
Apresentação da Obra
e estrutura:
Diante da temática
sustentabilidade sugerida pelas transformações das relações dos seres humanos com
o ambiente. A sociedade vigente do século XXI requer um novo paradigma
pedagógico de ensino das Ciências Naturais e Sociais, desenvolvidas pelos
centros de Educação Infantil. Pois é enorme o descompasso entre o ensino
fundamentado nos conceitos de superioridade da raça humana sobre o ambiente e a
necessidade requerida pela sua prática no decorrer dos tempos, que se constitui
na devastação do meio ambiente e no monopólio capitalista. Portanto é latente a
carência da reflexão sobre o compromisso fundamental da Educação Infantil neste
contexto, objetivando novas relações. O presente artigo está dividido em cinco
tópicos relevantes voltados para a formação de pessoas íntegras, solidárias e
comprometidas com a manutenção da vida no planeta, reflexão inata sobre a
diversidade ambiental e as relações humanas com o ambiente.
Resumo:
A atual conjuntura se desencadeia em um
processo de autodestruição, visto que são notórias as péssimas condições
ambientais para a sobrevivência do gênero humano, bem como das outras espécies
de vida. As relações ambientais se basearam ao longo dos anos no modelo de
desenvolvimento que está voltado aos interesses capitalistas do mercado do que
ao bem estar humano e ambiental. O pressuposto norteador desta concepção limita-se
a uma visão cultural antropocêntrica, que restringe os produtos da
intelectualidade humana e o ambiente no quais estão inseridos, ou seja, a
separação do sujeito da natureza, trazendo por esta via grave conseqüências ao
planeta e em como ofertar um ensino das Ciências Naturais e Sociais diante de
um cenário controverso, restringindo o processo educacional infantil aos
ambientes frutos das relações humanas e extinguindo ao máximo o contato das
crianças com os elementos naturais de seu meio.
Portanto, tomando a
perspectiva de sociedade sustentável, o ensino infantil deve propiciar o
pensamento e a compreensão dos processos naturais e culturais e em como
conservá-los. Partindo da premissa do imperativo pedagógico de formar pessoas
que respeitam e desfrutam da natureza de forma consciente revela-se na junção
de respeito à diversidade cultural e a biodiversidade na teia de
interdependência entre as espécies, onde as crianças não sejam distanciadas do
mundo natural, porque é inerente a infância a paixão pelo ar livre,
privilegiadas por rotinas que não fragmentam o sentir e o pensar do corpo em
movimento constante de aprendizagem como seres da natureza e da cultura.
A educação infantil
como espaço de desenvolvimento de múltiplas dimensões, valoriza os processos
criativos nas relações pessoais, sociais e ambientais. Onde o cuidar, a ação
primordial possibilita a aprendizagem nos resgates culturais e suas relações
com o corpo e as concepções de trabalho. Em um novo funcionamento escolar,
abolindo as rotinas rígidas e ampliando os espaços de movimentos como
atividades de prática ativa com o meio, tornando este espaço verdadeiramente
investigador e de consciência ambiental.
Análise Crítica:
O crescimento e a
convergência do potencial tecnológico dos últimos anos preponderaram uma visão
turva do ensino das Ciências Naturais e Sociais nas instituições em geral. A
questão ambiental está em alta por uma razão simples: necessidade de
sobrevivência. Então quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças,
maiores as chances de formar uma consciência pela preservação. A
transposição da mentalidade ainda em vigor é fundamental para o debate das
práticas pedagógicas nesta área (nas creches e pré-escolas), pois são derivados
destas ações que serão incutidos no desenvolvimento infantil valores e atitudes
que possibilitaram uma ponte para aquisições futuras de preservação ambiental.
Portanto rever esta concepção é essencial, visto que para a conscientização e
formação de cidadãos comprometidos com o meio ambiente é importante ponderar a
sustentabilidade de nossas práticas cotidianas desde o primórdio educativo. A
urgência de uma nova abordagem metodológica das Ciências Naturais e Sociais
fundamenta-se no aspecto das crianças adquirirem e desenvolverem noções sobre o
conceito da natureza e sociedade na medida em que interage como meio.
Considerando este enfoque, busca-se uma postura reflexiva na utilização da
educação como instrumento de preservação e transformação da sociedade para
compreender as complexidades dos sistemas naturais e sociais. Então não é mais
admissível um trabalho pedagógico subsidiado em métodos que separam as crianças
do seu ambiente, pois elas necessitam percebessem como parte integrante do
mesmo.
A fim de transformar
essas relações e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas
naturais. A educação ambiental sob este foco deve ser trabalhada como prática
aprendida no dia-a-dia nas instituições escolares seja nos gestos de
solidariedade, higiene pessoal ou dos diversos ambientes. Por
isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já na creche e na pré-escola.
O objetivo definido pelo Referencial Curricular Nacional é observar e explorar
o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente,
transformador e, acima de tudo, que tem atitudes de conservação. O
RCNEI destaca ainda que as crianças desde pequenas interagem com o meio natural
e social onde vivem, são curiosas e se interessam por pequenos animais,
bichinhos nos jardins, tempestade, heróis, noticia, lugares e o mundo. Diante
deste fator a atividade de investigação é primordial, pois, ela abre uma gama
de possibilidades de ativação na construção do conhecimento, por meio do que se
pode fazer para redirecionar e medir os efeitos das ações humanas sobre o meio.
Neste sentido, a curiosidade é poderosa ferramenta de estimulação e constitui-se
em artifício para a transformação dos conhecimentos prévios em científicos. Então
as crianças devem, desde pequenas, ser instigadas a observar fenômenos, relatar
acontecimentos, formular hipóteses, prever resultados para experimentos,
conhecer diferentes contextos históricos e sociais, tentar localizá-los no
espaço e no tempo.
O trabalho deste eixo reúne
uma diversidade de temas na intenção de um trabalho integrado, ou seja,
contextualizado e significativo para as crianças, ampliando progressivamente as
experiências infantis. As abordagens e os enfoques advindos desta nova postura
estão associados diretamente as vivências e os objetos concretos da realidade
conhecida, observada e sentida pelas crianças. O campo perceptivo visual
permite as crianças construírem suas identidades e atribuir significados aos
fenômenos naturais por intermédio das explorações de propriedades e funções de
elementos naturais, esquematizando o conhecimento através de interpretações dos
procedimentos e coletas de dados. Muitas outras referências podem orientar a
organização e as práticas educacionais das creches, pré-escolas e escolas.
Sejam quais for, o importante é que privilegiem os espaços de convívio,
favoreçam as relações com a natureza e incentivem as trocas humanas através da
narrativa, da expressão corporal, da brincadeira, da produção artística, enfim,
das muitas linguagens que, que nesta faixa, predominam sobre a verbal. Postular
este novo ensino nas creches e pré-escolas é romper com um paradigma antiquado
de antropocentrismo e aderir com muita paixão e imaginação novos aportes no
ensinar Ciências Naturais e Sociais por meio de passeios ao redor da escola, da
vizinhança, ida ao zoológico, cultivo e cuidado de hortas e pequenos animais.
Recomendação da Obra e Identificação do
autor:
Em plano de discussão
este artigo serve de reflexão para o ensino das ciências naturais e sociais
dentro do campo escolar com um todo, sendo por sua relevância instrumento útil
aos professores que estimam ofertar boas experiências articulada de forma
integrada nos conceitos e procedimentos pedagógicos sustentáveis. A autora
deste artigo é graduada em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro, mestrado em Educação pela Fundação Getúlio Vargas e doutorado em
Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É Professora
do Departamento de Educação e do Curso de Especialização de Educação Infantil
da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, além de coordenadora do
Setor de Educação Ambiental do NIMA (Núcleo interdisciplinar de Meio Ambiente
da PUC - Rio).
É animadora da
"rede humanidade criança", que articula educadores-escritores
dedicados à socialização de experiências educacionais sustentáveis, isto é,
comprometidas com a qualificação da vida no plano das ecologias pessoal, social
e ambiental. É membro do Movimento Interfóruns de Educação infantil (MIEIB) e
atua como consultora e assessora de redes públicas e conveniadas de Educação
Infantil, órgãos da administração pública e organizações não governamentais
voltados para a educação das crianças de 0 até 6 anos. Atua especialmente nos
seguintes campos: educação infantil, formação de professores, formulação de
políticas públicas, meio ambiente e educação popular, seu histórico emerge sua
grande propriedade no assunto abordado.
Assinatura e identificação do Autor da
Resenha:
Karla
Wanessa Henrique Silva. Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade Norte
do Paraná (UNOPAR)
5 comentários:
ja postou legal
porque voce não abre o msn?
Valeu Karla, estava um pouco perdida nessa resenha. Agora sei exatamente o que devo fazer. Beijos. Regina
OLÁ KARLA, TUDO BEM? FOI POR ACASO QUE ENCONTREI SEU BLOG, MUITO INTERESSANTE!!!TAMBÉM SOU ALUNA DA UNOPAR. AINDA NÃO TIVE A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR NA ÁREA. ESTOU PRECISANDO DE PLANOS DE AULA PARA MEU TRABALHO DE ESTÁGIO DO 4° SEMESTRE, VC TEM ALGUMA COISA PRA ME ENDICAR? BJOS!!!!!!!
Ola! Gostei muito do seu blog. As informações são de fato necessária para pratica docente.
Parabéns. O meu é voltado para educação infantil. Já sou seu seguidor virei sempre nele.
Sucesso.
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