A psicomotricidade é uma técnica que procura
destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade
facilitando a abordagem global da criança.
1.
Esquema corporal.
Ao conhecimento intuitivo, imediato, que a
criança tem do próprio corpo, capaz de gerar nela as possibilidades de atuar
sobre as partes do seu corpo, sobre o mundo exterior e sobre os objetos que a
cercam denomina-se esquema corporal. A própria criança percebe-se e percebe os seres e
as coisas que a cercam.
Em função de sua pessoa. Sua personalidade se
desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de
seu ser, de suas possibilidades de agir e de transforma o mundo á sua volta.
A criança se sentira bem á medida que seu corpo
lhe obedecem, que o conhece bem, que pode utiliza-lo não somente para
movimentar-se, mas também para agir.
2. Coordenação
dinâmica geral.
É constituída de exercícios de equilíbrio, que é
a base essencial da coordenação dinâmica geral. Os exercícios de
equilíbrio têm como finalidade melhorar o comando nervoso, A precisão motora e o controle global do deslocamento,
do corpo no tempo e no espaço.
3.
Coordenação visomotora
Os exercícios de coordenação visomotora têm como
finalidade o domínio de campo visual, associado à motricidade fina das mãos,
dois elementos básicos para o grafismo. São exercícios extremamente atraentes á
criança, pois são apresentados em forma de jogos de bola. Onde a destreza, o
controle muscular (força) e a leveza manual solicitada pelo grafismo.
4. A lateralidade
Durante o crescimento, naturalmente se define o
domínio lateral na criança: será mais forte, mais ágil do lado direito ou
esquerdo. A lateralidade corresponde a dedos neurológicos, mas também é
influencia por certos hábitos sociais. Não
devemos confundir lateralidade (domínio de lado em relação ao outro, em termos
de força e da precisão) e conhecimento “esquerdo-direito’’(domínio dos termos
“esquerda” e “direita”).
O conhecimento “esquerdo-direito” decorre da nação
de domínio lateral. È a generalização da percepção do eixo corporal, de tudo o
que cerca a criança: esse conhecimento será mais facilmente aprendido quanto
mais acentuada e homogênea for a lateralidade da criança. Como efeitos, se a
criança percebe que trabalha naturalmente com aquela mão guardará sem
dificuldades que “aquela mão” é à esquerda ou à direita. Caso haja hesitação na
escolha da mão, a noção de “esquerda-direita’’ não poderá firma-se com
segurança.
Da mesma forma, em caso de lateralidade cruzada, a
criança confundirá facilmente os termos “esquerda” e “direita”. Por ser ora
forte do lado direito (por exemplo o pé), ora mais forte do lado esquerdo (a
mão). O conhecimento estável de esquerda e de direita só é possível aos 5
ou 6 anos, e a reversibilidade (possibilidade de reconhecer a mão direita ou a
mão esquerda de uma pessoa a sua frente) não pode ser abordada antes dos 6
anos, esse estudo procede os de simetria em orientação especial
5.
Organização e estrutura especial.
É a orientação, a estruturação do mundo exterior referindo-se
primeiro ao seu referencial, depois a outros objetos ou pessoas em posição
estática ou em movimento. A estrutura espacial significa:
- A tomada de consciência da situação de seu próprio corpo no meio ambiente, isto é, de lugar e da orientação que pode ter em relação às pessoas e coisas;
- A tomada de consciência da situação das coisas entre si;
- A possibilidade de organiza-se perante o mundo, que a cerca, de organização as coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de movimentá-las. A todo instante, a criança encontra-se em um espaço bem precioso, onde lhe é solicitada;
- Que se situe (está sentada em uma cadeira, diante de uma mesa);
- Que situe um objeto em relação ao outro (a vasilha de tinta encontra-se ao lado de sua folha, o pincel está dentro da vasilha de tintas);
- Que se organize em função do espaço de que dispõe (espontaneamente a criança desenha um sol no canto superior da folha, uma casa no meio e uma árvore á direita da casa);
- A estruturação especial, portanto, é parte integrante de nossa vida; alias, é difícil dissociar os três elementos fundamentais da psicomotricidade corpo, espaço tempo e, quando operamos com toda dissociação, limitamo-nos a um aspecto bem preciso e restrito da realidade.
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