domingo, 23 de junho de 2013

PROJETO: GESTÃO ESCOLAR: UMA INTENCIONALIDADE COMPARTILHADA

     
     AUTORAS:ESTEFÂNIA GOMES DE AMORIM
                          ÉRICA JERÔNIMO GUERRA ARAÚJO
                          JULIANA BARBOSA SANTOS
                           KALÍGENA BARROS
                           KARLA WANESSA HENRIQUE SILVA 
                           LINDALVA FERREIRA DE VASCONCELOS


     IDENTIFICAÇÃO Gestão Escolar: uma Intencionalidade Compartilhada

     JUSTIFICATIVA

As grandes reformulações ideológicas incutem mudanças velozes sem precedentes no ambiente das organizações. Segundo CHIAVENATO, 2002 a Escola das Relações Humanas e passou a focalizar o homem provocando o aparecimento de técnicas administrativas capazes de criar condições para uma efetiva melhoria do desempenho humano dentro das organizações. Assim padronização das regras e procedimentos está cedendo lugar a práticas alternativas desenhadas com base nas necessidades individuais dos funcionários.

Liderança, dentro desta nova perspectiva é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas, tratado como uma habilidade da função de direção, portanto o gestor que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é líder. Segundo Silva (2002, p. 252), podem ser identificados cinco tipos de poder em um administrador, servindo estes como base para o desenvolvimento da liderança, sendo eles:

  • Poder de recompensa – é a capacidade de oferecer algo de valor a um resultado positivo;
  • Poder coercitivo – é a capacidade de punir ou reter resultados positivos;
  • Poder referencial – é a capacidade de influenciar o comportamento dos outros por causa do seu desejo de se identificar pessoal e positivamente com alguém admirado;
  • Poder de especialização – é a capacidade de influenciar o comportamento de outras pessoas por causa do conhecimento específico;
  • Poder legítimo – é a capacidade de influenciar o comportamento dos outros em virtude dos direitos do cargo que ocupa.
  • Poder carismático – capacidade de atrair a atenção e admiração daqueles à sua volta, inspirando seus liderados e levando-lhes a agir conforme suas palavras. 


Apresentado por Araújo (2009) que ainda segundo ele, trata-se de um traço de personalidade marcado por um charme e magnetismo pessoais, aliados a uma grande habilidade de comunicação pessoal e persuasão. O termo deriva do grego kharisma, que significa dom, ou favorecido por Deus/divindade. Maximiano (2006, p. 196) apresenta dois estilos de liderança, a liderança autocrata que ele define como liderança orientada para a tarefa e centralizada. E a liderança democrática onde a liderança é participativa e orientada para as pessoas. Maximiano (2006), Chiavenato (2001) acrescenta que a liderança autocrata, onde o líder impõe suas ordens ao grupo, gera consequências no comportamento do grupo como forte tensão, frustração e agressividade, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa, nem formação de grupos de amizade.Silva (2002, p.253) lembra que a liderança aparece em duas formas:
  • Liderança formal – que é a exercida por pessoas escolhidas para posições de autoridade nas organizações;
  •  Liderança informal – é exercida por pessoas que se tornam influentes pelas suas habilidades especiais.

Neste cenário, a centralização das decisões é uma característica forte no líder autocrata, que é desenhada dentro da ideia de que o indivíduo no topo possui a mais alta autoridade sob os demais indivíduos, há um distanciamento dos outros colaboradores, envolve pessoas intermediarias possibilitando distorções, erros no processo de comunicação, fazendo os grupos expandir seus sentimentos reprimidos, chegando a explosões de indisciplina e de agressividade. Considerando que todos os sistemas têm limitações, no sistema descentralizado estas podem ser identificadas como a falta de uniformidade nas decisões e nem sempre a equipe de colaboradores são profissionais no campo.

Diferente da centralização, na liderança democrática a descentralização na visão de Chiavenato (2001, p. 205) “permite que as decisões sejam tomadas pelas unidades situadas nos níveis mais baixos da organização, proporcionando considerável aumento de eficiência”. Neste sentido ele oferece ao líder encontrar a melhor decisão, já que as pessoas que vivem os problemas são as mais indicadas para resolvê-lo, aumenta a eficiência e a motivação dos colaboradores, e sua estrutura produz gerentes generalistas em vez de especialistas.

Para Angeloni (2003, p.52), surge um novo estilo gerencial que abandona o comando, o controle e o perfil de herói carismático, passando a atuar como projetista, professor e regente do grupo que o conduziu àquela posição, sendo responsável por fortalecer e ajudar as pessoas a expandirem suas capacidades de entender complexidades, esclarecer visões e aperfeiçoar modelos mentais compartilhados.Nesta perspectiva, este projeto propõe uma reformulação na concepção de gerir dentro da organização escolar em um encaminhamento de transição de uma gestão autocrática a uma gestão democrática, onde são valorizadas competências como comunicação, motivação, aprendizagem, confiança e maturidade.

      OBJETIVO GERAL

  • Propiciar à comunidade escolar a possibilidade de reconhecer os fundamentos da visão de gestão autocrática e democrática em suas atribuições bem como os papéis do gestor no processo de transformação mediante a construção da proposta educacional e pedagógica da escola.


4    OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  •      Analisar e refletir sobre a prática de gestão quanto aos estilos de gestão (autocrática e democrática)
  •   Considerar sobre os pressupostos da construção compartilhada de uma proposta educacional e pedagógica, reconhecendo a relevância da atuação do gestor na condução do trabalho educacional.


5       RESULTADOS ESPERADOS

– Valorização explícita da atuação participativa: a ação educacional é mais eficaz quando democrática;
– Esforço na busca da qualidade do trabalho da educação escolar superando-se a eficiência mecânica;

         METODOLOGIA

·         Reuniões de levantamento de informação e de debates para elencar os problemas e as possíveis soluções;

·         Elaboração e negociação de um plano de gestão destacando a valorização profissional, estimulando a equipe em prol do objetivo da escola com foco na criatividade, inovação e sinergia;

·         Formação e renovação de uma equipe pedagógica, delegando responsabilidades e delimitando funções;

·         Instituição e funcionamento de conselhos escolares;

·         Promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade;

7        CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DE METAS

ETAPAS
FER
MAR
ABR
MAI
JUN
Reuniões para elencar os problemas e as possíveis soluções


X




Elaboração e negociação de um plano de gestão compartilhada



X



Formação e renovação de uma equipe pedagógica




X


Promover relações de cooperação entre a escola, família e a comunidade;




X



X



X



X


Instituição e funcionamento de conselhos escolares





X


          CONCLUSÃO

A liderança autocrática é uma forma extrema de liderança transacional onde nem sempre as ações visa ao bem estar social-psicológico e emocional dos seus liderados. Assim, a meta e o lucro planejado pela empresa, estão sempre em primeiro lugar. Nesse ambiente não há liderança e sim chefia e as decisões são centralizadas e discricionárias, de tal modo, cria-se um clima favorável ao cerceamento da liberdade, onde o objetivo de governo é se perpetuar no poder. As pessoas que compõem a equipe não têm muitas oportunidades para apresentar sugestões despoletando elevadas níveis de absentismo e de insatisfação.

A concepção enraizada de gestão autocrática na organização educacional reflete a realidade da educação que permanece sem alteração desde que se tornou principio básico da educação brasileira pela lei 9394/96.O diálogo, a participação e a colaboração em construir um ambiente harmônico esta vinculada as questões sociais, como a construção da cidadania, já que envolvem aspectos da convivência coletiva, conceitos intrinsecamente relacionados à forma das empresas (escolas) se interessarem em agregar valores e pessoas como forma de valorização do seu capital humano e social.

O verdadeiro líder não é necessariamente o chefe, mas alguém que tem talento para orientar pessoas. As funções de liderança na atualidade têm três objetivos fundamentais: realizar os objetivos; constituir o grupo; manter o grupo e desenvolver os próprios indivíduos.Colocar a educação a serviço da transformação social exige promoção qualitativa dos sistemas de ensino como instrumentos de medidas administrativas e de alteração de infraestrutura. Após essa exploraçãodiagnostica a escola passa a planejar o currículo que tem objetivo organizar uma sequência lógica de ações concretas para atender a sua clientela(comunidade escolar) de forma satisfatória. Para Mileris (2008) “toda empresa quer que seus colaboradores se orgulhem de trabalhar nela e que se sintam compartilhando uma missão significativa”, incidindo em preparar o individuo no sentido que contribua em muitos aspectos para a eficiência educacional e social.

            REFERÊNCIAS

ANGELONI, Maria Terezinha, Organizações da era do conhecimento: infraestrutura, pessoas e tecnologias/ coordenadora Maria Terezinha Angeloni, Ed. Saraiva. São Paulo, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto, Introdução à Teoria da Administração. 6º edição, Ed. Campus, Rio de Janeiro, 2001.

LUCRÉCIA. A Desvantagem da liderança autocráticana gestão de equipes. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-desvantagem-da-lideranca-autocratica-na-gestao-de-equipes/30632/

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru, Introdução à Administração. Edição compacta, Ed. Atlas, São Paulo, 2006.

MORAES. Geraldo Leal de.A gestão autocrática ou por conflitos. Disponível em: http://geraldodialoga.blogspot.com.br/2010/03/florianopolis-24-de-marco-de-2010.html
SILVA, Reinaldo Oliveira, Teorias da administração. Pioneira Thomson Learning, São Paulo, 2002.


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