INTRODUÇÃO
Com intuito da reflexão sobre o ato de ensinar (educar), sua postura pesquisadora de construção do conhecimento, este trabalho comporta a articulação dos eixos temáticos do módulo I de Pegagogia com o livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire.
Nele encontra-se um resumo do livro e em seguida um texto que tem como ponto norteador a consolidação dos conhecimentos estudados em sala e o segundo capítulo do livro Pedagogia da Autonomia.
Freire,Paulo.Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.3ed.São Paulo: Paz e Terra, 1996.
RESUMO
O eixo norteador do livro Pedagogia da Autonomia é construir nos educandos a autonomia pautada no seu arcevo de conhecimento, cultura e individualidade. Freire introduz a harmonia que deve haver na relação da docência- discência, o professor em sua visão assumi-se como sujeito da produção do saber p.24, criando possibilidades para a aprendizagem, pois ensinar não é transferir conhecimentos p.25, já a ação de ensinar inexiste sem aprender porque este é um processo que deflagra a curiosidade e torna o educando cada vez mais criador p.26 e 27, indo além do seu condicionamento. Freire insiste em um educador e educando investigador que aventuram-se em comparar, constatar, persistentes e humildes no ensino do pensar certo p.29, o professor pesquisador estabelece intimidade entre os saberes curriculares fundamentais e as experiências sociais p.34, isso requer a passagem da curiosidade ingênua para a criticidade uma vez que aprender é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e a aventura p.77. Freire questiona o professor mecânico, repetidor de idéias, que domestica-se ao texto p.29, desconectado da realidade, que transforma a experiência educativa em puro treinamento técnico no ensino de memorização p.37, onde o aluno é paciente da transferência de conhecimento feito pelo professor p.77, isso é o que Freire chama de amesquinhar o caráter formador da educação, para ele os conteúdos não podem dar- se alheios à formação moral dos educandos, visto que o ensino não pode afastar-se da ética, pois o pensar certo é radicalmente coerente com o que somos e o que estamos sendo p.37. A vista disso ressalta a reflexão crítica da prática educativa como possibilidade de melhorar as próximas p.41 e 42, não havendo assim contradição entre o que se fala e a postura que é força formadora p.47, portanto a tarefa coerente do educador é inteligir, desafiar o educando a produzir sua compreensão p.42, rejeitando práticas preconceituosas que ofedam a substantividade do ser humano p.39 e 40, consoante a essa realidade os educandos assumem-se como seres históricos-sociais p.46. Freire enfatiza com veemência a consciência do inacabado que revela ao homem sua disposição para um processo permanente de busca p.55, onde como ser cultural transforma e cria, inserindo-se no mundo e não de adaptando a ele p.60. Chama a força dos educadores como profissionais a darem uma resposta as ofensas a educação através da luta constante, crítica e organizada p.75. Freire aborda e explica razões para trabalhar a compreensão da realidade que demanda na luta para que a realidade futura seja outra p.83 e 84, pois a negação da humanização é consequência da experiência dominadora p. 85, segundo ele pode-se diminuir os danos com uma intervenção centrada na certeza de que é possível mudar p.88, 89 e 90, a vista de que a educação é uma forma de intervenção no mundo, que vai além de conteúdos, não servindo aos interesses dos dominantes como imobilização e ocultamento de verdades p.111. Freire justifica suas convicções pautado de que a prática pedagogica não se faz apenas com ciência e técnica p.136, a tarefa essencial da escola como centro de produção sistemática de conhecimentos é trabalhar criticamente, apoiando os educandos para que eles mesmos vençam suas dificuldades de compreensão, desafiá-los para que se percebam como sujeitos capazes de saber. Paulo Freire termina este livro destacando a afetividade na relação do professor e aluno, porque segundo ele a afetividade não se acha excluida da cognoscidade p.160, pois o professor trabalhar com gente e não com coisas p. 163.
Articulação do Saber Produz Autonomia
Este texto aborda a temática ensinar não é transferir conhecimento, título do segundo capítulo do livro Pedagogia da Autonomia, trazendo um visão progressista, que destaca o cultivo de vários saberes rompendo com concepções e práticas que negam a compreensão da educação em favor da autonomia do educando, tida como ação pedagogica impermeável a mudanças. É anulando esse equívoco que Paulo Freire apresenta o ato de ensinar como aventura criadora que intervém significativamente na sociedade com cidadãos conscientes e autonomos no seu papel de transformar o mundo. Paulo Freire intercala a temática com avidez e enuncia: “Saber que ensinar não é trasnferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (Freire, Paulo1996,p.52) Esta idéia nos faz conjenturar que a inclusão da realidade, ou seja, as condições onde os alunos vêm existindo, solicita um novo estilo de educador, não cabendo mais as pedagogias tradicionais rígidas em disciplinas centradas no professor da tendência redentora na perspectiva essencialista e naturalista. O aluno não é mais resignado, passivo da passagem do conhecimento dada pelo professor, na concepção progressista de Freire, a leitura das desigualdades sociais emancipa os menos favorecidos, por isso afirmo que esta obra é de essência de cunho social. Noutras palavras o provimento que o homem faz a sua existência, modificando a natureza por meio do trabalho, realça o que podemos constatar com o estudo da Sociologia, que ao longo da história as produções capitalistas se mostram injustas e desiguais. Enquanto o trabalho dar-se na coletividade, as riquezas reservam-se somente aos capitalistas, tal fato suscita o aumento assustador da fome e da miséria, que na discussão de Freire não pode ser visto como mera fatalidade. Quando o professor internaliza o conceito de que ensinar não é transferir conhecimento, a alocução de sua teoria é exemplo sólido que estimula uma atmosfera democrática, agregando a abertura estrutural da pluralidade na promoção do sujeito autonomo, não sendo um professor capitalista intríseco que compõe suas relações em mercadorias, pois o bom senso dos educadores comprometidos em interferir na sociedade presente, valoriza o conhecimento prévio do aluno e faz deste a ponte para o desenvolvimento da curiosidade epistemologica e o pensar certo, porque reconhece conscientemente que o procedimento educativo demanda peculiaridades como humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educandos. Outro fator necessário a ascensão de um ensino-aprendizagem eficaz e autonomo, defedida por Paulo Freire é a consciência do inacabamento. “Na verdade, o inacabamento do ser ou sua inconclusão é própria da experiência vital. Onde há vida, há inacabamento. Mas só entre mulheres e homens o inacabamento se tornou consciente” (Freire, Paulo, 1996,p.55) Neste ponto Paulo refere-se a um pressusposto trazido desde os primórdios da existência humana, debatido substancialmente na Teoria Geral do Conhecimento, ao da busca espontânea, onde os homens se lançam para conhecer o mundo e a si próprio, assumindo-se como corpo consciente, captador, apreendedor, transformador e criador que se opõem ao conceito de ser mero objeto do meio, mas eleva-se na condição de ser inserido, visto que é sujeito. E como sujeito reconhece sua subordinação, porém ultrapassa as fronteiras impostas pela natureza e integra-se como ser cultural produtor e produto da cultura. “Como vimos o mundo humano é o mundo cultural, que vai sendo construído de acordo com as necessidades e os desejos dos grupos e das comunidades...” (Aranha; Martins, 2005,p.25) Nesta pespectiva, a escola é o espaço social, ordenado ao longo da história da humanidade, que ora vê-se acuada pelos interesses do Estado como no periodo Pombalino, ora rompe ansiante na redemocratização por um ensino pleno. Ao ler esta obra chama-nos a atenção o fato dela esta permeada pela afetividade, assim como aspectos relativos à subjetividade dos alunos, como defende Wallon, afirmando que a criança é essencialmente emocional. Sendo assim nenhum educador passa pelos alunos sem deixar seu valor, um vestígio da importância de um ensino ajustado na luta de uma politica de relativização, tendo uma postura coerente ao longo de uma produção revestida de ética e respeito ao educando como agente de seu próprio conhecimento, contextualizando os fatos sociais, politicos para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional e sobretudo social.
CONCLUSÃO Após todas as considerações realizadas em pesquisas e estudo, visualizamos de modo intrigante a realidade educacional de hoje, sendo detalhada há vários anos atrás por Paulo Freire, com isso percebemos que a prática educativa virgente no século XXI é um entranhado de todas as transformações sociais e históricas ocorridas de maneira ativa também no contexto escolar. Nos dias atuais têm-se uma opaca realidade do sonho tão almejado por inumeros estudiosos e pedagogos de um ensino e professor (profissional) altamente competente na execução de seu trabalho, compartilho do mesmo pensamento de Freire ao destacar que existe inumeros educadores comprometidos com seu papel formador, profissionais que levam a esperança como orgulho no seu fazer, sutil na luta política porém jamais relapso em combater as ameaças a sua função.
REFERÊNCIAS Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 3ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Fundamentos sócio-cultural-político-econômico do processo educativo/ João Vicente Hadich Ferreira; José Roberto Garcia; Adriana de Fátima Ferreira; Okçana Battini; Adriana Regina de Jesus dos Santos; Fernando Barroso Zanluchi. Londrina: Editora Unopar, 2008.
Conciência do inacabamento. Disponivel em http://www.pensamentobiocentrico.c.php Pedagogia da Autonomia. Disponível em http://www.ceedo.com.br/agora/agora4/reflexoessobreofazerpedagogicodoprofessoreoensinopurumapedagogiaautonomia_marciafink.pdf.
Este texto aborda a temática ensinar não é transferir conhecimento, título do segundo capítulo do livro Pedagogia da Autonomia, trazendo um visão progressista, que destaca o cultivo de vários saberes rompendo com concepções e práticas que negam a compreensão da educação em favor da autonomia do educando, tida como ação pedagogica impermeável a mudanças. É anulando esse equívoco que Paulo Freire apresenta o ato de ensinar como aventura criadora que intervém significativamente na sociedade com cidadãos conscientes e autonomos no seu papel de transformar o mundo. Paulo Freire intercala a temática com avidez e enuncia: “Saber que ensinar não é trasnferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (Freire, Paulo1996,p.52) Esta idéia nos faz conjenturar que a inclusão da realidade, ou seja, as condições onde os alunos vêm existindo, solicita um novo estilo de educador, não cabendo mais as pedagogias tradicionais rígidas em disciplinas centradas no professor da tendência redentora na perspectiva essencialista e naturalista. O aluno não é mais resignado, passivo da passagem do conhecimento dada pelo professor, na concepção progressista de Freire, a leitura das desigualdades sociais emancipa os menos favorecidos, por isso afirmo que esta obra é de essência de cunho social. Noutras palavras o provimento que o homem faz a sua existência, modificando a natureza por meio do trabalho, realça o que podemos constatar com o estudo da Sociologia, que ao longo da história as produções capitalistas se mostram injustas e desiguais. Enquanto o trabalho dar-se na coletividade, as riquezas reservam-se somente aos capitalistas, tal fato suscita o aumento assustador da fome e da miséria, que na discussão de Freire não pode ser visto como mera fatalidade. Quando o professor internaliza o conceito de que ensinar não é transferir conhecimento, a alocução de sua teoria é exemplo sólido que estimula uma atmosfera democrática, agregando a abertura estrutural da pluralidade na promoção do sujeito autonomo, não sendo um professor capitalista intríseco que compõe suas relações em mercadorias, pois o bom senso dos educadores comprometidos em interferir na sociedade presente, valoriza o conhecimento prévio do aluno e faz deste a ponte para o desenvolvimento da curiosidade epistemologica e o pensar certo, porque reconhece conscientemente que o procedimento educativo demanda peculiaridades como humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educandos. Outro fator necessário a ascensão de um ensino-aprendizagem eficaz e autonomo, defedida por Paulo Freire é a consciência do inacabamento. “Na verdade, o inacabamento do ser ou sua inconclusão é própria da experiência vital. Onde há vida, há inacabamento. Mas só entre mulheres e homens o inacabamento se tornou consciente” (Freire, Paulo, 1996,p.55) Neste ponto Paulo refere-se a um pressusposto trazido desde os primórdios da existência humana, debatido substancialmente na Teoria Geral do Conhecimento, ao da busca espontânea, onde os homens se lançam para conhecer o mundo e a si próprio, assumindo-se como corpo consciente, captador, apreendedor, transformador e criador que se opõem ao conceito de ser mero objeto do meio, mas eleva-se na condição de ser inserido, visto que é sujeito. E como sujeito reconhece sua subordinação, porém ultrapassa as fronteiras impostas pela natureza e integra-se como ser cultural produtor e produto da cultura. “Como vimos o mundo humano é o mundo cultural, que vai sendo construído de acordo com as necessidades e os desejos dos grupos e das comunidades...” (Aranha; Martins, 2005,p.25) Nesta pespectiva, a escola é o espaço social, ordenado ao longo da história da humanidade, que ora vê-se acuada pelos interesses do Estado como no periodo Pombalino, ora rompe ansiante na redemocratização por um ensino pleno. Ao ler esta obra chama-nos a atenção o fato dela esta permeada pela afetividade, assim como aspectos relativos à subjetividade dos alunos, como defende Wallon, afirmando que a criança é essencialmente emocional. Sendo assim nenhum educador passa pelos alunos sem deixar seu valor, um vestígio da importância de um ensino ajustado na luta de uma politica de relativização, tendo uma postura coerente ao longo de uma produção revestida de ética e respeito ao educando como agente de seu próprio conhecimento, contextualizando os fatos sociais, politicos para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional e sobretudo social.
CONCLUSÃO Após todas as considerações realizadas em pesquisas e estudo, visualizamos de modo intrigante a realidade educacional de hoje, sendo detalhada há vários anos atrás por Paulo Freire, com isso percebemos que a prática educativa virgente no século XXI é um entranhado de todas as transformações sociais e históricas ocorridas de maneira ativa também no contexto escolar. Nos dias atuais têm-se uma opaca realidade do sonho tão almejado por inumeros estudiosos e pedagogos de um ensino e professor (profissional) altamente competente na execução de seu trabalho, compartilho do mesmo pensamento de Freire ao destacar que existe inumeros educadores comprometidos com seu papel formador, profissionais que levam a esperança como orgulho no seu fazer, sutil na luta política porém jamais relapso em combater as ameaças a sua função.
REFERÊNCIAS Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 3ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Fundamentos sócio-cultural-político-econômico do processo educativo/ João Vicente Hadich Ferreira; José Roberto Garcia; Adriana de Fátima Ferreira; Okçana Battini; Adriana Regina de Jesus dos Santos; Fernando Barroso Zanluchi. Londrina: Editora Unopar, 2008.
Conciência do inacabamento. Disponivel em http://www.pensamentobiocentrico.c.php Pedagogia da Autonomia. Disponível em http://www.ceedo.com.br/agora/agora4/reflexoessobreofazerpedagogicodoprofessoreoensinopurumapedagogiaautonomia_marciafink.pdf.
Nenhum comentário:
Postar um comentário