segunda-feira, 22 de outubro de 2012

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR


INTRODUÇÃO

       A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será assim se comprova uma correlação entre atitudes preconceituosas e as manifestações dentro do ambiente escolar, segundo pesquisa realizada pelo jornal Estadão de São Paulo. Portanto, diante deste cenário as temáticas preconceito e discriminação racial têm sido o foco de muitas atividades educativas, devido os grandes números de situações escolares onde elas estão presente, expressa de formas abertas as mais sutis nas atitudes dos educandos.
        Visando mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias levados para a escola, o Plano de Ação elaborado tem como finalidade discutir valores de reconhecimento e respeito mútuo, e se fundamenta na legislação nos artigos 5° e 7° da Constituição Federal e da Declaração Universal dos direitos Humanos, que declara a igualdade de todos independente de sua cor, classe social, religião, etc. E que está consonância com a lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana na rede de ensino.  Assim, ante a estes mecanismos legislativos, fica imprescindível o trabalho de conscientização em sala, onde bullying e as brincadeiras e apelidos de mau gosto oriundos de aspectos físicos, intelectuais, etc. têm tomado conta do ambiente.
       Segundo, Torres Santhomé (1995), é necessário que o ambiente escolar seja um lugar de análise de como e por que surgem as discriminações e o que representam as diferenças, para que as crianças aprendam a lidar com as diferenças de maneira respeitosa, pois a escola é espaço onde se dar à convivência de origens, costumes e dogmas religiosos, bem como de nível socioeconômico diferentes. O lugar este onde se aprende as regras de convivência publica em convívio democrático com a diferença, apresentados em conhecimentos sistematizados sobre o país e o mundo.
  

       O Plano de Ação sugere atividades para promover ações afirmativas de combate ao preconceito e a discriminação em sala de aula, dentro do universo da Educação Infantil.  O objetivo do Plano consiste em estimular o respeito à diversidade na formação de cidadãos preocupados com a coletividade.

ATIVIDADES REALIZADAS
1.   Que corpo você gostaria de ter: Solicitação aos alunos que procurem em jornais e revistas imagens de pessoas que caracterizassem o corpo que eles gostariam de ter e que recortem e colem em folha ofício.
2.    Mural das diferenças corporais: Após a pesquisa, os exemplares serão colados em ofícios e serão utilizados para organização de um mural.
3.  A leitura de imagens: Em seguida será realizada uma leitura de imagem que dará início ao debate sobre preconceito e discriminação com o corpo abordando as seguintes questões: Por que a escolha daquele corpo? Por que eles entendem que aquele corpo escolhido é bonito? Qual a cor da maioria dos corpos escolhidos?
4. A contação de histórias: dos livros Minha família é colorida ou Menina bonita do laço de fita.
5. A roda de conversa: Terá a temática à diversidade com debate dos eventuais conflitos gerados pelo preconceito fora e dentro da unidade escolar e sala de aula. Alegando que as diferenças existem sim, mas que ninguém é melhor ou pior do que ninguém por causa delas.
6Toque e retoque: Momento onde pais e crianças serão convidados a vivenciarem um momento de experimentação-toque de carinho por meio de dinâmica- Ao som do toque: Onde será colocada musicas afros de todos os ritmos e os pais e crianças demonstrarão afeto uns aos outros, seguindo o ritmo tocado, lentos, rápidos, etc.
7.    Oficina Criação e Arte: Para fechar este momento de conscientização será realizada uma oficina com confecção de bonecos negros, brancos, amarelos, etc., utilizando-se de diversos materiais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
       Pode-se dizer que os preconceitos estão presentes em nossa cultura, estabelecendo uma atitude de diferenciação de um indivíduo para outro enraizado na sociedade, por isso torna-se difícil uma mudança "rápida" de atitudes. A vista disso, a escola tem um papel a desempenhar neste processo de combate ao preconceito e a discriminação, pautando valores nas relações sociais através de momentos que trabalhem os conceitos relacionados à diversidade em constante trabalho de conscientização.
       Por isso, as atividades sugeridas no Plano de Ação tornaram-se um veículo de contato com um universo extenso enriquecedor de identidade pessoal, dentro da discutição de problemas e possíveis soluções aos conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem dentro e fora da escola, implicando esta conscientização em uma escolha entre uma trajetória a seguir de valorização do diferente e outras a serem deixadas para trás.


REFERÊNCIAS
Aquino, Julio Groppa. Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summos, 1998. Acesso em 05. Out. 2012

Como trabalhar as relações raciais na pré-escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao preconceito-422890.shtml?page=3  Acesso em 18. Set.2012.

Dutra, Valesca da Silva. Selau, Bento.  Refletindo sobre a discriminação e  preconceito com o corpo no espaço escolar. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd152/a-discriminacao-com-o-corpo-no-espaco-escolar.htm Acesso em 05. Out. 2012.

Simone Iwasso e Fábio Mazzitelli. Escola é dominada por preconceitos, revela pesquisa. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,escola-e-dominada-por preconceitos-revela-pesquisa,389064,0.htm Acesso em 05. Out. 2012.


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