INTRODUÇÃO
A sociedade é preconceituosa, logo a escola também
será assim se comprova uma correlação entre atitudes preconceituosas e as manifestações dentro do ambiente
escolar, segundo pesquisa realizada pelo jornal Estadão de São Paulo. Portanto,
diante deste cenário as temáticas
preconceito e discriminação racial têm sido o foco de muitas atividades
educativas, devido os grandes números de situações escolares onde elas estão
presente, expressa de formas abertas as mais sutis nas atitudes dos educandos.
Visando mudar mentalidades, superar o preconceito e combater
atitudes discriminatórias levados para a escola, o Plano de Ação elaborado tem como finalidade
discutir valores de reconhecimento e respeito mútuo, e se fundamenta na
legislação nos artigos 5° e 7° da Constituição Federal e da Declaração
Universal dos direitos Humanos, que declara a igualdade de todos independente
de sua cor, classe social, religião, etc. E que está consonância com a lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade
do ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana na rede de ensino. Assim, ante a estes mecanismos legislativos,
fica imprescindível o trabalho de conscientização em sala, onde bullying e as brincadeiras e apelidos de mau
gosto oriundos de aspectos físicos, intelectuais, etc. têm tomado conta do
ambiente.
Segundo, Torres Santhomé (1995), é necessário que o ambiente
escolar seja um lugar de análise de como e por que surgem as discriminações e o
que representam as diferenças, para que as crianças aprendam a lidar com as
diferenças de maneira respeitosa, pois a escola é espaço onde se dar à
convivência de origens, costumes e dogmas religiosos, bem como de nível
socioeconômico diferentes. O lugar este onde se aprende as regras de
convivência publica em convívio democrático com a diferença, apresentados em conhecimentos
sistematizados sobre o país e o mundo.
O Plano de Ação
sugere atividades para promover ações afirmativas de combate ao preconceito e a
discriminação em sala de aula, dentro do universo da Educação Infantil. O objetivo do Plano consiste em estimular o
respeito à diversidade na formação de cidadãos preocupados com a coletividade.
ATIVIDADES REALIZADAS
1. Que corpo você
gostaria de ter: Solicitação
aos alunos que procurem em jornais e revistas imagens de pessoas que
caracterizassem o corpo que eles gostariam de ter e que recortem e colem em
folha ofício.
2.
Mural das diferenças corporais: Após a pesquisa, os exemplares serão
colados em ofícios e serão utilizados para organização de um mural.
3. A leitura de imagens: Em seguida será realizada uma leitura de imagem que dará início ao debate sobre
preconceito e discriminação com o corpo abordando as seguintes questões: Por
que a escolha daquele corpo? Por que eles entendem que aquele corpo escolhido é
bonito? Qual a cor da maioria dos corpos escolhidos?
4. A contação de histórias: dos
livros Minha família é colorida ou Menina bonita do laço de fita.
5. A roda de conversa: Terá a temática à diversidade com
debate dos eventuais conflitos gerados pelo preconceito fora e dentro da
unidade escolar e sala de aula. Alegando que
as diferenças existem sim, mas que ninguém é melhor ou pior do que ninguém por
causa delas.
6. Toque
e retoque: Momento onde pais e crianças serão convidados a
vivenciarem um momento de experimentação-toque de carinho por meio de dinâmica-
Ao som do toque: Onde será colocada
musicas afros de todos os ritmos e os pais e crianças demonstrarão afeto uns
aos outros, seguindo o ritmo tocado, lentos, rápidos, etc.
7.
Oficina Criação e Arte: Para fechar
este momento de conscientização será realizada uma oficina com confecção
de bonecos negros, brancos, amarelos, etc., utilizando-se de diversos materiais.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Pode-se dizer que
os preconceitos estão presentes em nossa cultura, estabelecendo uma atitude de
diferenciação de um indivíduo para outro enraizado na sociedade, por isso torna-se
difícil uma mudança "rápida" de atitudes. A vista disso, a escola tem um papel a desempenhar neste processo de
combate ao preconceito e a discriminação, pautando valores nas relações sociais
através de momentos que trabalhem os conceitos relacionados à diversidade em
constante trabalho de conscientização.
Por isso, as
atividades sugeridas no Plano de Ação
tornaram-se um veículo de contato com um universo
extenso enriquecedor de identidade pessoal, dentro da discutição de problemas e
possíveis soluções aos conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem
dentro e fora da escola, implicando esta conscientização em
uma escolha entre uma trajetória a seguir de valorização do diferente e outras
a serem deixadas para trás.
REFERÊNCIAS
Aquino, Julio Groppa. Diferenças
e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São
Paulo: Summos, 1998. Acesso em 05. Out. 2012
Como trabalhar as relações raciais
na pré-escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-ao
preconceito-422890.shtml?page=3
Acesso em 18. Set.2012.
Dutra, Valesca da Silva. Selau, Bento. Refletindo sobre a discriminação e
preconceito com o corpo no espaço escolar. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd152/a-discriminacao-com-o-corpo-no-espaco-escolar.htm Acesso em 05. Out. 2012.
Simone Iwasso e Fábio Mazzitelli. Escola é dominada por preconceitos, revela pesquisa.
Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,escola-e-dominada-por
preconceitos-revela-pesquisa,389064,0.htm Acesso em 05. Out. 2012.
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