Uma
educação básica de qualidade. Essa é a prioridade do Plano de Desenvolvimento
da Educação (PDE). Investir na educação básica significa investir na educação
profissional e na educação superior porque elas estão ligadas, direta ou
indiretamente. Significa também envolver todos — pais, alunos, professores e
gestores, em iniciativas que busquem o sucesso e a permanência do aluno na
escola.
Com
o PDE, o Ministério da Educação pretende mostrar à sociedade tudo o que se
passa dentro e fora da escola e realizar uma grande prestação de contas. Se as
iniciativas do MEC não chegarem à sala de aula para beneficiar a criança, não
se conseguirá atingir a qualidade que se deseja para a educação brasileira. Por
isso, é importante a participação de toda a sociedade no processo.
O
Compromisso Todos pela Educação deu o impulso a essa ampla mobilização social.
Outra medida adotada pelo governo federal é a criação de uma avaliação para
crianças dos seis aos oito anos de idade. O objetivo é verificar a qualidade do
processo de alfabetização dos alunos no momento em que ainda é possível
corrigir distorções e salvar o futuro escolar da criança.
A
alfabetização de jovens e adultos também receberá atenção especial. O Programa
Brasil Alfabetizado, criado pelo MEC para atender os brasileiros com
dificuldades de escrita e leitura ou que nunca freqüentaram uma escola, recebeu
alterações para melhorar os resultados. Entre as mudanças estão a ampliação de
turmas nas regiões do interior do país, onde reside a maior parte das pessoas
sem escolaridade, e a produção de material didático específico para esse
público. Hoje, há poucos livros produzidos em benefício do público adulto que
está aprendendo a ler e a fazer cálculos.
A
criação de um piso salarial nacional dos professores — mais de 50% desses
profissionais ganham menos de R$ 800 por 40 horas de trabalho —; a ampliação do
acesso dos educadores à universidade; a instalação de laboratórios de
informática em escolas rurais; a realização da Olimpíada de Língua Portuguesa,
nos moldes da Olimpíada de Matemática; a garantia de acesso à energia elétrica
para todas as escolas públicas; as melhorias no transporte escolar para os
alunos residentes em áreas rurais e a qualificação da saúde do estudante são
outras ações previstas no PDE.
Na
educação profissional, a principal iniciativa do plano é a criação dos
institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica,
destinados a funcionar como centros de excelência na formação de profissionais
para as mais diversas áreas da economia e de professores para a escola pública.
Os institutos serão instalados em cidades de referência regional, de maneira a
contribuir para o desenvolvimento das comunidades próximas e a combater o
problema da falta de professores em disciplinas como física, química e
biologia.
O
PDE inclui metas de qualidade para a educação básica, as quais contribuem para
que as escolas e secretarias de Educação se organizem no atendimento aos
alunos. Também cria uma base sobre a qual as famílias podem se apoiar para
exigir uma educação de maior qualidade. O plano prevê ainda acompanhamento e
assessoria aos municípios com baixos indicadores de ensino.
Para
que todos esses objetivos sejam alcançados, é necessária a participação da sociedade.
Tanto que ex-ministros da Educação, professores e pesquisadores de diferentes
áreas do ensino foram convidados a contribuir na elaboração do plano. Para se
resolver a enorme dívida que o Brasil tem com a educação, o PDE não pode ser
apenas um projeto do governo federal. Tem de ser um projeto de todos os
brasileiros.
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